"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 17 de maio de 2012

COMISSÃO DA VERDADE, MAIS UM NÚCLEO DE DOMINAÇÃO SOCIAL

Depois de muito matutar, a primeira-presidenta Dilma constituiu mais um núcleo de dominação social, A Comissão da Verdade.Deixou de fora, para desgosto dos vingativos de sempre, tradicionais e decantados cardeais richelieuxes dos novos tempos dessa República dos Calamares.
Zé Dirceu que se ofereceu de bandejão, amarga mais um empurrão merecido ao purgatório das almas inquietas e mal-amadas dessa temporada de caça aos esqueletos nos armários.

O perfil dos que vão descavocar o passado antigo e deixar de lado o presente apinhado de corruptos, aloprados, sanguessugas, vampiros, consultores, ministros malfeitores de malfeitos públicos e notórios já caiu na rede.
Saiba você também porque Dilma preferiu essa turma e deixou de lado os que se arvoram a ser chamados de construtores da democrcia da Silva. Eis aí os constituíntes da verdade que interessa à História Oficial:

Cláudio Fonteles foi procurador-geral da República de 2003 a 2005. Na década de 60, atuou em movimento estudantil ligado à esquerda católica. Atualmente, é membro do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, faz trabalhos de assistência social e estuda teologia.

Gilson Dipp é ministro Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde 1998 e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 2011. Foi corregedor-nacional de Justiça de 2008 a 2010 e preside a Comissão de Juristas com a finalidade de elaborar o anteprojeto do Código Penal.

José Carlos Dias é advogado criminalista e autor de dois livros de poesia. Foi ministro da Justiça entre 1999 e 2000, no governo FHC. Atualmente é conselheiro da Comissão Justiça e Paz de São Paulo e membro do conselho curador da Fundação Padre Anchieta.

José Paulo Cavalcanti Filho é advogado no Recife, escritor e consultor da Unesco e do Banco Mundial. Presidiu o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) entre 1985 e 1986 e foi ministro interino da Justiça no governo de José Sarney.

Maria Rita Kehl é psicanalista, ensaísta, crítica literária, poetisa e cronista. Durante o regime militar, foi editora do Jornal Movimento, jornal alternativo de contestação à ditadura. Em 2010, ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura com o livro "O Tempo e o Cão".

Paulo Sérgio de Moraes Sarmento Pinheiro é professor de Ciência Política, escritor e consultor. Foi secretário especial dos Direitos Humanos, no governo Fernando Henrique Cardoso, e relator do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) em suas duas primeiras versões em 1996 e 2002.
Rosa Maria Cardoso da Cunha é advogada criminalista, professora e escritora. No início da carreira, especializou-se na defesa de crimes políticos. Atuou também nas áreas de meio ambiente, mercado financeiro, direito do consumidor e crimes de imprensa.

Falta agora criar a Comissão da Verdade Atual. Que o povo indique seus novos formadores de opinião.
17 de maio de 2012

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