O GDF voltou a
divulgar ontem o salário dos servidores no Portal da Transparência
(www.transparencia.df.gov.br) após a derrubada da liminar que proibiu, por
algumas horas, a exposição dos contracheques. Apesar da previsão inicial de
disponibilizar os dados da folha de junho, a área técnica da Secretaria de
Transparência e Controle (STC) informou que isso ainda não foi possível.
Dessa forma, continuam disponíveis as informações de maio. Por conta da reportagem exclusiva do Correio referente à existência de supersalários no Executivo, de até R$ 70 mil, o volume de acessos ao site voltou a aumentar ontem. Antes dos contracheques, a média mensal era de 75 mil visitas por mês.
Agora, alcança, em média, 150 mil por dia, de acordo com o GDF.
Além dos supersalários, pagos principalmente a médicos lotados na Secretaria de Saúde — alguns recebem entre R$ 15 mil e R$ 19 mil só de horas extras —, também foi possível identificar discrepâncias, como garis que ganham médias salariais de R$ 4 mil.
Ontem, o Correio verificou os contracheques do Departamento de Trânsito do DF (DF) e identificou um total de 30 servidores que recebeu, em maio, vencimentos acima de R$ 20 mil, por causa de ganhos eventuais (férias e 13º salários, por exemplo).
Um funcionário na função de agente de trânsito (nível superior), por exemplo, recebeu acima de R$ 27 mil, mais que o teto do funcionalismo no DF, de R$ 24,1 mil. Outro fato que chama a atenção na folha do Detran é que a média salarial de um técnico de trânsito (nível de ensino médio) é de R$ 5 mil.
Os servidores do Detran se mobilizaram contra a divulgação dos dados. O presidente do sindicato da categoria (Sindetran), Eider Marcos Almeida, chamou a atenção para o fato de que a medida não foi aplicada a outras categorias, como policiais civil, militar e bombeiros. De acordo com o GDF, os salários dessas três categorias são pagos pela União e, por isso, os dados não aparecem na listagem.
"No entanto, pelo visto, parece que a preocupação com a divulgação era a exposição dos altos salários", explica uma fonte no governo.
A Central Única dos Trabalhadores no DF (CUT-DF) reúne hoje o fórum dos servidores para debater o assunto e existe a possibilidade do ingresso de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra o GDF.
"Temos o direito à privacidade resguardado pela Constituição", diz o secretário-geral da CUT-DF, Cícero Rola.
O secretário de Transparência, Carlos Higino de Alencar, defende a divulgação.
"O servidor tem de entender que a medida não é contra ele e sim a favor da transparência e da sociedade.", justifica.
O Sindicato dos Servidores Públicos do DF (Sindser) entrou com uma ação ontem na Justiça contra a exposição dos salários.
Dessa forma, continuam disponíveis as informações de maio. Por conta da reportagem exclusiva do Correio referente à existência de supersalários no Executivo, de até R$ 70 mil, o volume de acessos ao site voltou a aumentar ontem. Antes dos contracheques, a média mensal era de 75 mil visitas por mês.
Agora, alcança, em média, 150 mil por dia, de acordo com o GDF.
Além dos supersalários, pagos principalmente a médicos lotados na Secretaria de Saúde — alguns recebem entre R$ 15 mil e R$ 19 mil só de horas extras —, também foi possível identificar discrepâncias, como garis que ganham médias salariais de R$ 4 mil.
Ontem, o Correio verificou os contracheques do Departamento de Trânsito do DF (DF) e identificou um total de 30 servidores que recebeu, em maio, vencimentos acima de R$ 20 mil, por causa de ganhos eventuais (férias e 13º salários, por exemplo).
Um funcionário na função de agente de trânsito (nível superior), por exemplo, recebeu acima de R$ 27 mil, mais que o teto do funcionalismo no DF, de R$ 24,1 mil. Outro fato que chama a atenção na folha do Detran é que a média salarial de um técnico de trânsito (nível de ensino médio) é de R$ 5 mil.
Os servidores do Detran se mobilizaram contra a divulgação dos dados. O presidente do sindicato da categoria (Sindetran), Eider Marcos Almeida, chamou a atenção para o fato de que a medida não foi aplicada a outras categorias, como policiais civil, militar e bombeiros. De acordo com o GDF, os salários dessas três categorias são pagos pela União e, por isso, os dados não aparecem na listagem.
"No entanto, pelo visto, parece que a preocupação com a divulgação era a exposição dos altos salários", explica uma fonte no governo.
A Central Única dos Trabalhadores no DF (CUT-DF) reúne hoje o fórum dos servidores para debater o assunto e existe a possibilidade do ingresso de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra o GDF.
"Temos o direito à privacidade resguardado pela Constituição", diz o secretário-geral da CUT-DF, Cícero Rola.
O secretário de Transparência, Carlos Higino de Alencar, defende a divulgação.
"O servidor tem de entender que a medida não é contra ele e sim a favor da transparência e da sociedade.", justifica.
O Sindicato dos Servidores Públicos do DF (Sindser) entrou com uma ação ontem na Justiça contra a exposição dos salários.
Correio Braziliense
05 de julho de 2012
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