O abalo das coligações pelo PT em Belo Horizonte e na cidade do Rio de Janeiro era esperado e, neste caso, os fatos confirmaram as previsões. Na capital mineira, era impossível o Partido dos Trabalhadores manter a aliança com o prefeito Márcio Lacerda, que pertence ao PSB, mas é o candidato do senador Aécio Neves. Aliás nessa condição foi eleito em 2008. No Rio, correntes petistas apresentam-se dispostas a formar uma cisão, afastando-se da candidatura Eduardo Paes (PMDB, Sérgio Cabral) e apoiar Marcelo Freixo, do PSOL.
Na edição de O Globo de terça-feira, duas reportagens focalizam os movimentos. Amanda Almeida sobre o fim da aliança em BH, foto de Gustavo Miranda. Renato Onofre, no Rio de Janeiro. No mesmo dia 3, Folha de São Paulo, os repórteres Paulo Peixoto e Cátia Seabra focalizaram as divergências em várias capitais do país, principalmente em Belo Horizonte. Foto de Raul Scinass.
Em Minas, como disso há pouco, era impossível manter a coligação de há quatro anos. O empresário Márcio Lacerda foi uma invenção política de Aécio Neves, que domina de forma absoluta o panorama eleitoral mineiro. Uma nova vitória de Márcio Lacerda fortalece acentuadamente Aécio, cuja candidatura à sucessão presidencial de 2014 já foi inclusive lançada pelo ex-presidente Fernando Henrique no PSDB.
Os tucanos já disputam a prefeitura de São Paulo com bastante perspectiva de êxito. José Serra lidera as pesquisas, tanto a do Ibope quanto a do Datafolha. Vencendo na capital paulista e também na capital mineira, o bloco da oposição cresce de forma expressiva. Esse crescimento volta-se contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Pessoalmente, não creio que Lula, embora grande eleitor do país, deseje retornar ao Planalto.
Além disso, se conseguir fazer Fernando Haddad decolar, projeta-se fortemente no plano sucessório. Mas caso não consiga tal milagre, porque o candidato é fraco e a aliança com Maluf dividiu a legenda, o reflexo fortalecerá a campanha de Dilma Rousseff em busca do segundo mandato nas urnas. Sua aprovação, de 59%, como o IBOPE noticiou há poucos dias, matéria de O Globo, a credencia a partir para uma nova etapa nas urnas.
O fato essencial, no entanto, situa-se no provável confronto com Aécio Neves. Assim, Dilma pode querer tudo, menos a vitória de Lacerda. No Rio, o problema é um pouco diferente, mais complicado, igualmente contraditório. O governador Sérgio Cabral lançou para sua sucessão o vice-governador Luiz Fernando Pezão. O PT praticamente já se definiu pelo senador Lindberg Farias. Os dois candidatos são fortes. Uma vitória de Pezão, portanto vitória de Sérgio Cabral, não interessa de modo algum ao Partido dos Trabalhadores, que vislumbra, com boa dose de confiança, a oportunidade de chegar ao Palácio Guanabara daqui a dois anos.
O PT indicou o vereador Adilson Pires para vice na chapa de Eduardo Paes, que tenta a reeleição. Mas uma coisa é clara: a vitória de Paes, este ano, significa o fortalecimento do vice-governador do RJ para 2014. E isso, evidentemente, não pode interessar a Lindberg Farias.
O problema do Rio é mais complicado. Porque nesta capital, tanto o PT quanto o PMDB se apresentam como forças voltadas para reconduzir Dilma Rousseff à presidência da República. Mas, ao mesmo tempo, no RJ, tanto PT quanto PMDB têm rotas opostas para chegar ao governo estadual. Como resolver o impasse? Hoje, impossível. Só o tempo poderá levar a um desfecho efetivo. Uma das legendas terá que recuar. Isso, claro, se as duas seções regionais permanecerem empenhadas na vitória da atual presidente da República.
Na edição de O Globo de terça-feira, duas reportagens focalizam os movimentos. Amanda Almeida sobre o fim da aliança em BH, foto de Gustavo Miranda. Renato Onofre, no Rio de Janeiro. No mesmo dia 3, Folha de São Paulo, os repórteres Paulo Peixoto e Cátia Seabra focalizaram as divergências em várias capitais do país, principalmente em Belo Horizonte. Foto de Raul Scinass.
Em Minas, como disso há pouco, era impossível manter a coligação de há quatro anos. O empresário Márcio Lacerda foi uma invenção política de Aécio Neves, que domina de forma absoluta o panorama eleitoral mineiro. Uma nova vitória de Márcio Lacerda fortalece acentuadamente Aécio, cuja candidatura à sucessão presidencial de 2014 já foi inclusive lançada pelo ex-presidente Fernando Henrique no PSDB.
Os tucanos já disputam a prefeitura de São Paulo com bastante perspectiva de êxito. José Serra lidera as pesquisas, tanto a do Ibope quanto a do Datafolha. Vencendo na capital paulista e também na capital mineira, o bloco da oposição cresce de forma expressiva. Esse crescimento volta-se contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Pessoalmente, não creio que Lula, embora grande eleitor do país, deseje retornar ao Planalto.
Além disso, se conseguir fazer Fernando Haddad decolar, projeta-se fortemente no plano sucessório. Mas caso não consiga tal milagre, porque o candidato é fraco e a aliança com Maluf dividiu a legenda, o reflexo fortalecerá a campanha de Dilma Rousseff em busca do segundo mandato nas urnas. Sua aprovação, de 59%, como o IBOPE noticiou há poucos dias, matéria de O Globo, a credencia a partir para uma nova etapa nas urnas.
O fato essencial, no entanto, situa-se no provável confronto com Aécio Neves. Assim, Dilma pode querer tudo, menos a vitória de Lacerda. No Rio, o problema é um pouco diferente, mais complicado, igualmente contraditório. O governador Sérgio Cabral lançou para sua sucessão o vice-governador Luiz Fernando Pezão. O PT praticamente já se definiu pelo senador Lindberg Farias. Os dois candidatos são fortes. Uma vitória de Pezão, portanto vitória de Sérgio Cabral, não interessa de modo algum ao Partido dos Trabalhadores, que vislumbra, com boa dose de confiança, a oportunidade de chegar ao Palácio Guanabara daqui a dois anos.
O PT indicou o vereador Adilson Pires para vice na chapa de Eduardo Paes, que tenta a reeleição. Mas uma coisa é clara: a vitória de Paes, este ano, significa o fortalecimento do vice-governador do RJ para 2014. E isso, evidentemente, não pode interessar a Lindberg Farias.
O problema do Rio é mais complicado. Porque nesta capital, tanto o PT quanto o PMDB se apresentam como forças voltadas para reconduzir Dilma Rousseff à presidência da República. Mas, ao mesmo tempo, no RJ, tanto PT quanto PMDB têm rotas opostas para chegar ao governo estadual. Como resolver o impasse? Hoje, impossível. Só o tempo poderá levar a um desfecho efetivo. Uma das legendas terá que recuar. Isso, claro, se as duas seções regionais permanecerem empenhadas na vitória da atual presidente da República.
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