Logo depois de tomar posse como prefeito do Recife, em 2009, João da Costa (PT) foi acusado pelo criador e padrinho, o ex-prefeito João Paulo (PT) de traição
.
O rompimento dos dois custou a João Paulo a rejeição pelo PT de sua candidatura ao Senado, restando-lhe a oportunidade de disputar e se eleger deputado federal.
Agora, em 2012, veio o troco de João Paulo a João da Costa com a negativa do partido a candidatura do prefeito do Recife à reeleição.
Enquanto isso, desde 2009 o PSB assiste ao imbróglio do PT pernambucano com certa apreensão, haja vista que este não era um fato isolado e restrito a Pernambuco.
O cenário do PT pernambucano se repetia em vários estados, como no Mato Grosso, Piauí, Paraíba, Amazonas, Ceará, Minas Gerais, entre outros.
As traições internas do PT, agora se transformaram em mote das campanhas petistas nas capitais onde o PT e o PSB possuem candidatos a prefeito.
Para desarrumar os palanques do PSB, o PT elegeu o governador de Pernambuco e presidente nacional do partido, Eduardo Campos, como o Judas de Lula.
Todos os candidatos petistas usam a suposta traição de Eduardo a Lula como o mote principal de suas campanhas.
Elmano em Fortaleza, Patrus em BH, Humberto no Recife, Lúdio em Cuiabá, Wellington em Teresina, todos entoam a mesma toada: Eduardo traiu Lula.
Resumo da ópera.
As campanhas eleitorais em cidades em que o PT e o PSB concorrem ao trono se transformaram em uma disputa entre Lula e Eduardo.
O PT usa a suposta deslealdade de Eduardo a Lula como a principal arma de campanha, apesar de nenhum dos dois ser candidato.
No Recife, ainda, existe um componente a mais nesta briga. O apoio do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao candidato Geraldo Júlio (PSB).
Segundo a analista da cena política pernambucana Ana Lúcia Andrade, do Jornal do Commercio, os petistas “pretendem reforçar o batismo da “eleição em que Eduardo traiu Lula” quando o senador Jarbas Vasconcelos – ex-adversário do governador, hoje seu aliado, e opositor inflexível de Lula e do PT – chegar ao programa eleitoral do candidato a prefeito do PSB, Geraldo Julio”.
Pelo visto, as eleições municipais de 2012 se transformaram em uma Lula entre o “traidor e o atraiçoado”.
Nesta parada quem tem mais a perder é Lula, afinal Eduardo é bem mais novo e poderá dar a volta por cima. Para o ex-presidente uma derrota de seus candidatos, principalmente de Humberto Costa no Recife, poderá ser um golpe fatal.
28 de agosto de 2012
Chico Bruno
O rompimento dos dois custou a João Paulo a rejeição pelo PT de sua candidatura ao Senado, restando-lhe a oportunidade de disputar e se eleger deputado federal.
Agora, em 2012, veio o troco de João Paulo a João da Costa com a negativa do partido a candidatura do prefeito do Recife à reeleição.
Enquanto isso, desde 2009 o PSB assiste ao imbróglio do PT pernambucano com certa apreensão, haja vista que este não era um fato isolado e restrito a Pernambuco.
O cenário do PT pernambucano se repetia em vários estados, como no Mato Grosso, Piauí, Paraíba, Amazonas, Ceará, Minas Gerais, entre outros.
As traições internas do PT, agora se transformaram em mote das campanhas petistas nas capitais onde o PT e o PSB possuem candidatos a prefeito.
Para desarrumar os palanques do PSB, o PT elegeu o governador de Pernambuco e presidente nacional do partido, Eduardo Campos, como o Judas de Lula.
Todos os candidatos petistas usam a suposta traição de Eduardo a Lula como o mote principal de suas campanhas.
Elmano em Fortaleza, Patrus em BH, Humberto no Recife, Lúdio em Cuiabá, Wellington em Teresina, todos entoam a mesma toada: Eduardo traiu Lula.
Resumo da ópera.
As campanhas eleitorais em cidades em que o PT e o PSB concorrem ao trono se transformaram em uma disputa entre Lula e Eduardo.
O PT usa a suposta deslealdade de Eduardo a Lula como a principal arma de campanha, apesar de nenhum dos dois ser candidato.
No Recife, ainda, existe um componente a mais nesta briga. O apoio do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao candidato Geraldo Júlio (PSB).
Segundo a analista da cena política pernambucana Ana Lúcia Andrade, do Jornal do Commercio, os petistas “pretendem reforçar o batismo da “eleição em que Eduardo traiu Lula” quando o senador Jarbas Vasconcelos – ex-adversário do governador, hoje seu aliado, e opositor inflexível de Lula e do PT – chegar ao programa eleitoral do candidato a prefeito do PSB, Geraldo Julio”.
Pelo visto, as eleições municipais de 2012 se transformaram em uma Lula entre o “traidor e o atraiçoado”.
Nesta parada quem tem mais a perder é Lula, afinal Eduardo é bem mais novo e poderá dar a volta por cima. Para o ex-presidente uma derrota de seus candidatos, principalmente de Humberto Costa no Recife, poderá ser um golpe fatal.
28 de agosto de 2012
Chico Bruno
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