Vale tudo – Enquanto o STF avança no julgamento do Mensalão do PT (Ação Penal 470), o ex-presidente Luiz Inácio da Silva continua negando a existência do maior escândalo de corrupção da história do País.
Por viver em uma democracia, que já apresenta os primeiros sinais de corrosão, Lula pode falar o que bem quiser, mas não se pode ignorar a forma como o parlamento brasileiro é tratado pelo Executivo federal.Como se o exercício da política fosse um escambo descontrolado e sem regras, o governo da presidente Dilma Rousseff simplesmente ignora a existência do Legislativo. Por mais que os palacianos digam o contrário, a decisão palaciana de acabar com a greve dos servidores federais é a maior prova desse descaso com o parlamento.
No afã de camuflar a amaldiçoada herança deixada por Lula, o governo assinou acordos com alguns sindicatos, que representando determinadas categorias de servidores federais aceitaram a proposta de reajuste oferecida pelas autoridades econômicas.
À vista grossa esse tipo de entendimento entre o governo e os trabalhadores pode parecer procedente e legal, mas representa um escárnio porque depende da aprovação de uma lei específica dedicada ao Orçamento da União.
Mesmo considerando que a extensa maioria dos parlamentares atua de maneira genuflexa e obediente, cumprindo todas as ordens do Planalto, os aumentos já negociados dependem da aprovação do orçamento federal. Ou seja, o Congresso tem que pelo menos fingir que cumpriu o rito que a legislação lhe impõe.
No caso de o Orçamento da União não ser aprovado pelo Congresso nacional, o que é difícil de acontecer, o Brasil corre o risco de parar por causa da ousadia burra do governo do PT, que insiste em fazer dos Poderes uma espécie de puxadinho de quinta.
28 de agosto de 2012
ucho.info
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