O Brasil foi reprovado no vestibular para o futuro. Porque o futuro tem a cara de sua escola no presente. Nas últimas séries do nosso Ensino Fundamental, as escolas públicas, onde estuda a maior parte de nossos alunos, a média do IDEB –Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – foi de 3,9.
As escolas particulares foram aprovadas, mas com a sofrível nota 6. A média ponderada pelo número de alunos é de 4,1, envolvendo 1,8 milhões de alunos nas particulares, com a média 6,0, e 12,4 milhões de alunos, nas públicas, com média 3,9. No Ensino Médio, a média ponderada, incluindo as particulares é de 3,7.
Além da reprovação geral, o IDEB mostra que o Brasil é dividido pela desigualdade na educação dos filhos dos pobres e dos filhos das classes médias e altas. Na mesma semana, o Jornal Nacional da Rede Globo mostrou a situação de nossas escolas, passando a sensação de que assistíamos a notícias de um terremoto, que está a devastar nosso futuro.
Outro programa, o “CQC”, da Rede Band, mostrou escolas em uma cidade do Piauí, certamente piores do que as piores do Mundo. Foi possível ver o futuro. E não pareceu bonito.
Apesar disso, o MEC comemorou os resultados e ainda divulgou nota à imprensa, no dia 14 de agosto, dizendo que “O Brasil tem motivos a comemorar”.
O Ministro está no cargo há apenas oito meses e não tem culpa por este desempenho, mas deveria reconhecer a tragédia, a vergonha e convencer a presidenta da República a fazer pela educação o esforço que vem fazendo na economia.
A presidenta precisa entender a gravidade da falta de infraestrutura educacional, ainda maior do que foi a falta de infraestrutura física, e convocar todo o País a se empenhar por uma urgente Revolução na Educação de Base.
Enquanto o Brasil traça meta para o IDEB alcançar a nota 6,0, em 2021, a China está programando voo tripulado à Lua, antes de 2020.
Análise mais cuidadosa mostra que, na média, as escolas públicas federais se saem melhor do que as particulares. A melhor nota, 8,6, foi obtida por duas escolas particulares: Escola Santa Rita de Cássia e Escola Carmélia Dramis Malaguti conseguiram o primeiro lugar com nota 8,6. Logo em seguida uma pública federal; o Colégio de Aplicação da UFPE teve nota 8,1; e a média das públicas federais do Ensino Fundamental (6,3) foi superior a das escolas particulares (6,0).
Isso mostra que, para fazer a revolução educacional, o caminho que o Brasil precisa passa pela ampliação da presença federal na Educação Básica. A Federalização exige um Ministério para cuidar apenas da Educação Básica; a implantação de uma Carreira Federal para os professores; e a responsabilidade da União sobre a qualidade de cada escola, todas em horário integral. Isso pode ser feito por cidade, chegando a todo o Brasil no prazo de 20 anos.
Isto pode ser feito. Até porque o futuro tem a cara de sua escola no presente. E a cara de nossas escolas mostra um futuro reprovado.
As escolas particulares foram aprovadas, mas com a sofrível nota 6. A média ponderada pelo número de alunos é de 4,1, envolvendo 1,8 milhões de alunos nas particulares, com a média 6,0, e 12,4 milhões de alunos, nas públicas, com média 3,9. No Ensino Médio, a média ponderada, incluindo as particulares é de 3,7.
Além da reprovação geral, o IDEB mostra que o Brasil é dividido pela desigualdade na educação dos filhos dos pobres e dos filhos das classes médias e altas. Na mesma semana, o Jornal Nacional da Rede Globo mostrou a situação de nossas escolas, passando a sensação de que assistíamos a notícias de um terremoto, que está a devastar nosso futuro.
Outro programa, o “CQC”, da Rede Band, mostrou escolas em uma cidade do Piauí, certamente piores do que as piores do Mundo. Foi possível ver o futuro. E não pareceu bonito.
Apesar disso, o MEC comemorou os resultados e ainda divulgou nota à imprensa, no dia 14 de agosto, dizendo que “O Brasil tem motivos a comemorar”.
O Ministro está no cargo há apenas oito meses e não tem culpa por este desempenho, mas deveria reconhecer a tragédia, a vergonha e convencer a presidenta da República a fazer pela educação o esforço que vem fazendo na economia.
A presidenta precisa entender a gravidade da falta de infraestrutura educacional, ainda maior do que foi a falta de infraestrutura física, e convocar todo o País a se empenhar por uma urgente Revolução na Educação de Base.
Enquanto o Brasil traça meta para o IDEB alcançar a nota 6,0, em 2021, a China está programando voo tripulado à Lua, antes de 2020.
Análise mais cuidadosa mostra que, na média, as escolas públicas federais se saem melhor do que as particulares. A melhor nota, 8,6, foi obtida por duas escolas particulares: Escola Santa Rita de Cássia e Escola Carmélia Dramis Malaguti conseguiram o primeiro lugar com nota 8,6. Logo em seguida uma pública federal; o Colégio de Aplicação da UFPE teve nota 8,1; e a média das públicas federais do Ensino Fundamental (6,3) foi superior a das escolas particulares (6,0).
Isso mostra que, para fazer a revolução educacional, o caminho que o Brasil precisa passa pela ampliação da presença federal na Educação Básica. A Federalização exige um Ministério para cuidar apenas da Educação Básica; a implantação de uma Carreira Federal para os professores; e a responsabilidade da União sobre a qualidade de cada escola, todas em horário integral. Isso pode ser feito por cidade, chegando a todo o Brasil no prazo de 20 anos.
Isto pode ser feito. Até porque o futuro tem a cara de sua escola no presente. E a cara de nossas escolas mostra um futuro reprovado.
(Artigo enviado por Mário Assis)
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