Clique na imagem para ampliar
Nos dias de hoje,
não faltam declarações de apoio à liberação das drogas e à descriminalização de
entorpecentes.
Os resultados das
pesquisas parecem, no entanto, não merecer a mesma importância para informar a
população sobre os elevados riscos de experimentação, seja em nome do prazer,
seja em busca da remoção de algum desconforto.
O discurso pela
liberação vem se sustentando no fracasso da política de repressão às drogas. A
posição de um país vizinho, o Uruguai, alimenta a possibilidade do nascimento do
narcotráfico, favorecendo a criação de um mercado negro, com ricas vantagens
impossíveis de serem controladas.
Na Holanda, um dos
países mais tolerantes no uso de drogas, o tráfico nunca foi banido, e usuários,
após consumir a quantidade permitida por lei, procuravam a droga nas mãos dos
traficantes para saciar uma compulsão crescente.
O aumento do
consumo e a precocidade com que os jovens vêm experimentando variados tipos de
drogas alertam especialistas numa direção comum:
é preciso trabalhar
na prevenção!
A prevenção no
sentido de educar, conscientizar o jovem para assumir atitudes responsáveis na
identificação e no manejo de situações de risco que a droga pode causar e que
possam ameaçar a sua dignidade.
A droga uma vez disponibilizada irá aumentar a
oferta e, portanto, o consumo, indo na contramão da redução da demanda. O
consumo representa um grave problema de saúde pública, com sérios prejuízos para
as famílias e para o Estado.
A questão fundamental é:
por que um governo desejaria estabelecer e
financiar um sistema que venha tornar seus cidadãos doentes e
dependentes?
Não precisamos da Justiça para legalizar o caminho
que conduz os jovens a uma destruição catastrófica num prazo muito curto.
Avançar culturalmente na compreensão do processo de consumo de drogas significa
caminhar em direção à liberação de substâncias químicas que alteram o ânimo, o
comportamento e a consciência?
Como podemos chamar de evolução leis que colocam em
risco a vida das pessoas? E como podemos envolver nas discussões sobre políticas
públicas para o desenvolvimento sustentável o uso de drogas que colocam em
perigo o discernimento essencial para salvar o ser humano de sua
autodestruição?
- Precisamos que legisladores e magistrados
assegurem aos jovens-cidadãos a certeza de encontrar amparo para o
amadurecimento consciente de suas escolhas, com responsabilidade e
clareza.
É urgente, portanto, que ações preventivas contra
o uso das drogas sejam promovidas e discutidas por
todos.
Maria Sílvia Napolitano é coordenadora da
Coordenadoria Especial de Promoção das Políticas Públicas de Prevenção à
Dependência Química da Prefeitura do Rio
24 de setembro de 2012
camuflados
Nenhum comentário:
Postar um comentário