Enquanto a chamada oposição brasileira não
tiver a humildade de reconhecer a eficácia da "estratégia de coalizão pela
governabilidade" posta em prática por Lula ao longo desses últimos dez anos, não
chegará a lugar nenhum e muito menos há de demonstrar que o grande ídolo da
politicalha brasileira tem os pés de barro.
Enquanto ela própria não adotar a mesma tática e sair pelo Brasil afora e partidos adentro comprando siglas, caciques e tribos, vai amargar derrotas amargas e trilhar inexoráveis caminhos que margeiam precipícios. E, muito pior que isso, engolir aquilo que, no tempo em que Brizola falava, chamava de sapo barbudo.
O que são os partidos políticos, nesse Brasil sem ideologia pra viver, mas de pura fisiologia pra sobreviver, todo mundo sabe. O resto é só uma questão de preço para satisfazer as necessidades fisiológicas nacionais. Com o lulismo e o antagonismo obrando no balcão de compra e venda de corpos e almas, o Brasil então será o ponto referencial do PAC para o qual está sendo lançado: o grande canteiro sanitário de uma inevitável América Latrina.
Por ora ninguém pode afirmar que Lula é o grande vencedor desse campeonato de eleições municipais no Brasil. É que Lula se diluiu, se desmanchou fazendo as necessidades fisiológicas do país inteiro. Quando descobriu que se o PT fosse uma ilha afundaria, Lula repartiu sua fisiologia generosamente numa correria geral sem precedentes.
Veja o quadro desintérico que a "estratégia de coalizão" produziu neste glorioso outubro de 2012 em forma de prefeituras conquistadas e quantidade de eleitores que se aliviaram, sigla por sigla, tribo por tribo. Ficamos com as 12 primeiras facções, o resto é o resto; tipo assim descarga e que só serve para ser coalizado mais adiante:
1°) PMDB, 1025 prefeituras e 22,8 milhões de eleitores; 2°) PSDB, 702 prefeituras e 18,3 milhões de tucanos; 3°) PT, 635 paços municipais e 27,6 milhões de lulistas; 4°) PSD, 497 prefeituras e 8,6 milhões de kassabistas; 5°) PP, com 468 cidades e 7,3 milhões de seguidores; 6°) PSB, 440 intendências e 15,3 milhões de fãs; 7°) PDT, 314 prefeituras e 8,7 milhões de saudosos brizolistas; 8°) PTB, presente em 295 cidades com 4,1 milhões de tietes de Roberto Jefferson; 9°) DEM com 278 palácios municipais e 6,4 milhões de descrentes; 10°) PR, com 276 prefeituras e 4,6 milhões de munícipes; 11º) PPS, aconchegado em 123 cidades e com 2,9 milhões de votantes; 12º) PV, inserido em 96 gabinetes de prefeitos seguidos por 2,3 milhões de verdoengos fanáticos.
Resumo dessa ópera bufa: O PMDB encolheu, tinha 1201 e perdeu 176 cidades; os tucanos perderam mais ainda, 89 prefeituras; o PT de Lula ganhou 77 prefeituras, mas ficou longe do PSD que inaugurou só nesta eleição nada menos de 497 palácios de governos citadinos. O DEM foi o lanterna nesse certame de cachorros grandes(?): jogou fora 119 municípios e coisa assim em torno de 3 milhões de eleitores, como se fosse um PPS inteiro de votos postos fora.
O que é mesmo que tudo isso significa em termos de Brasil? Nada, absoluta e profundamente nada. Esse rebuliço todo foi só para satisfazer as necessidades fisiológicas dos políticos que habitam esta nação povoada, no que lhe resta de espaço, por 190 milhões de pessoas. Nada de novo no ar. É apenas o Brasil que não está cheirando bem.
Enquanto ela própria não adotar a mesma tática e sair pelo Brasil afora e partidos adentro comprando siglas, caciques e tribos, vai amargar derrotas amargas e trilhar inexoráveis caminhos que margeiam precipícios. E, muito pior que isso, engolir aquilo que, no tempo em que Brizola falava, chamava de sapo barbudo.
O que são os partidos políticos, nesse Brasil sem ideologia pra viver, mas de pura fisiologia pra sobreviver, todo mundo sabe. O resto é só uma questão de preço para satisfazer as necessidades fisiológicas nacionais. Com o lulismo e o antagonismo obrando no balcão de compra e venda de corpos e almas, o Brasil então será o ponto referencial do PAC para o qual está sendo lançado: o grande canteiro sanitário de uma inevitável América Latrina.
Por ora ninguém pode afirmar que Lula é o grande vencedor desse campeonato de eleições municipais no Brasil. É que Lula se diluiu, se desmanchou fazendo as necessidades fisiológicas do país inteiro. Quando descobriu que se o PT fosse uma ilha afundaria, Lula repartiu sua fisiologia generosamente numa correria geral sem precedentes.
Veja o quadro desintérico que a "estratégia de coalizão" produziu neste glorioso outubro de 2012 em forma de prefeituras conquistadas e quantidade de eleitores que se aliviaram, sigla por sigla, tribo por tribo. Ficamos com as 12 primeiras facções, o resto é o resto; tipo assim descarga e que só serve para ser coalizado mais adiante:
1°) PMDB, 1025 prefeituras e 22,8 milhões de eleitores; 2°) PSDB, 702 prefeituras e 18,3 milhões de tucanos; 3°) PT, 635 paços municipais e 27,6 milhões de lulistas; 4°) PSD, 497 prefeituras e 8,6 milhões de kassabistas; 5°) PP, com 468 cidades e 7,3 milhões de seguidores; 6°) PSB, 440 intendências e 15,3 milhões de fãs; 7°) PDT, 314 prefeituras e 8,7 milhões de saudosos brizolistas; 8°) PTB, presente em 295 cidades com 4,1 milhões de tietes de Roberto Jefferson; 9°) DEM com 278 palácios municipais e 6,4 milhões de descrentes; 10°) PR, com 276 prefeituras e 4,6 milhões de munícipes; 11º) PPS, aconchegado em 123 cidades e com 2,9 milhões de votantes; 12º) PV, inserido em 96 gabinetes de prefeitos seguidos por 2,3 milhões de verdoengos fanáticos.
Resumo dessa ópera bufa: O PMDB encolheu, tinha 1201 e perdeu 176 cidades; os tucanos perderam mais ainda, 89 prefeituras; o PT de Lula ganhou 77 prefeituras, mas ficou longe do PSD que inaugurou só nesta eleição nada menos de 497 palácios de governos citadinos. O DEM foi o lanterna nesse certame de cachorros grandes(?): jogou fora 119 municípios e coisa assim em torno de 3 milhões de eleitores, como se fosse um PPS inteiro de votos postos fora.
O que é mesmo que tudo isso significa em termos de Brasil? Nada, absoluta e profundamente nada. Esse rebuliço todo foi só para satisfazer as necessidades fisiológicas dos políticos que habitam esta nação povoada, no que lhe resta de espaço, por 190 milhões de pessoas. Nada de novo no ar. É apenas o Brasil que não está cheirando bem.
PORRE PERMANENTE
Que ressaca. Ano de eleição é um porre. Assim que o pileque estiver passando, já vem outra farra por aí. Eduardo Campos, Aécio Neves, Dilma Vana, Lula e ninguém do PMDB outra vez estarão em palanques cheios de uma boa ideia para 2014.
MENSALÃO, SEMPRE
O mais importante nesta eleição é que o julgamento do Mensalão não teve nenhum efeito direto na escolha dos prefeitos, tanto no primeiro quanto no segundo turno. Isso quer dizer que, mesmo à maneira dos governos que temos, a democracia está mantida. O Supremo Tribunal Federal poderá julgar tantos outros escândalos e muitos corruptos, lavadores de dinheiro e formadores de quadrilha em plena eleição de 2014.
UM NOVO ZÉ
O PT está gostando da ideia do Mensalão, afinal a eleição dos HaHaHaddads que espalhou por aí, se deve justamente ao fato alardeado pelo próprio Partido dos Trabalhadores de que "o povo não gosta de baixarias". E não gosta mesmo. Tanto é que se alimenta de escândalos para votar do jeito que bem entende. Já está doidinho de curiosidade para saber quem é o próximo Zé Dirceu que Lula vai inventar para a campanha à Presidência da República daqui a dois anos.
IMPORTÂNCIA
Paulo Maluf, em fim de carreira: "Fui importante para a eleição de Haddad". O diabo é que ninguém mais se anima a dizer isto. A importância do repasse de dois minutos para a programação do PT na TV vai se refletir agora no cumprimento daquela dívida de R$ 21 milhões que precisa ser devolvida aos cofres de São Paulo. A propósito, a ação na Justiça contra Maluf foi proposta pelo PT.
NULIDADES
O Palmeiras quer anular o jogo em que foi derrotado por 2 a 1 pelo Internacional. Besteira, vai acabar tomando cinco ou seis a zero. Talvez a um, o Barcos pode fazer um gol com a mão outra vez. Uma coisa é certa, quem nasceu para Barcos jamais será Maradona. O caso do Palmeiras é uma questão de nulidades, jamais de anulação.
O POSTE
HaHaHaddad: "São Paulo precisa voltar a ser holofote e antena". Quanto à antena, é só uma questão de colocá-la na devida posição; no caso de uma cidade que "precisa ser holofote", São Paulo começa bem, já tem o poste.
PREFEITURA DESVAIRADA
Faça a sua devida leitura do quanto é desvairada a pauliceia em matéria de prefeitura municipal:
De 1986 a 1989 - Jânio Quadros (PTB); de 89 a 93, Luiza Erundina (PT); de 93 a 97, Paulo Maluf (PDS); de 97 a 2001, Celso Pitta (PPB); de 2001 a 2005, Marta Suplicy (PT); de 2005 a 2006, Zé Serra (PSDB); de 2006 a 2013, Gilberto Kassab (DEM/PSD) e agora, a partir de janeiro de 2013, Fernando Haddad (Lula).
JULGANDO O STF
E agora que passou a eleição, os mensaleiros condenados vão se dedicar a sua mais nova modalidade esportiva: julgar o Supremo Tribunal Federal. É o velho e surrado jus sperniandi. O Choro é livre. Melhor - e nem tem outra saída - é aguardar quietinho a sentenças e ir, desde já, preparando bacia, sabonete e toalhinha para passar as noites na cadeia. Se todos se comportarem direitinho, talvez possam até levar jornal e celular para o dormitório
Que ressaca. Ano de eleição é um porre. Assim que o pileque estiver passando, já vem outra farra por aí. Eduardo Campos, Aécio Neves, Dilma Vana, Lula e ninguém do PMDB outra vez estarão em palanques cheios de uma boa ideia para 2014.
MENSALÃO, SEMPRE
O mais importante nesta eleição é que o julgamento do Mensalão não teve nenhum efeito direto na escolha dos prefeitos, tanto no primeiro quanto no segundo turno. Isso quer dizer que, mesmo à maneira dos governos que temos, a democracia está mantida. O Supremo Tribunal Federal poderá julgar tantos outros escândalos e muitos corruptos, lavadores de dinheiro e formadores de quadrilha em plena eleição de 2014.
UM NOVO ZÉ
O PT está gostando da ideia do Mensalão, afinal a eleição dos HaHaHaddads que espalhou por aí, se deve justamente ao fato alardeado pelo próprio Partido dos Trabalhadores de que "o povo não gosta de baixarias". E não gosta mesmo. Tanto é que se alimenta de escândalos para votar do jeito que bem entende. Já está doidinho de curiosidade para saber quem é o próximo Zé Dirceu que Lula vai inventar para a campanha à Presidência da República daqui a dois anos.
IMPORTÂNCIA
Paulo Maluf, em fim de carreira: "Fui importante para a eleição de Haddad". O diabo é que ninguém mais se anima a dizer isto. A importância do repasse de dois minutos para a programação do PT na TV vai se refletir agora no cumprimento daquela dívida de R$ 21 milhões que precisa ser devolvida aos cofres de São Paulo. A propósito, a ação na Justiça contra Maluf foi proposta pelo PT.
NULIDADES
O Palmeiras quer anular o jogo em que foi derrotado por 2 a 1 pelo Internacional. Besteira, vai acabar tomando cinco ou seis a zero. Talvez a um, o Barcos pode fazer um gol com a mão outra vez. Uma coisa é certa, quem nasceu para Barcos jamais será Maradona. O caso do Palmeiras é uma questão de nulidades, jamais de anulação.
O POSTE
HaHaHaddad: "São Paulo precisa voltar a ser holofote e antena". Quanto à antena, é só uma questão de colocá-la na devida posição; no caso de uma cidade que "precisa ser holofote", São Paulo começa bem, já tem o poste.
PREFEITURA DESVAIRADA
Faça a sua devida leitura do quanto é desvairada a pauliceia em matéria de prefeitura municipal:
De 1986 a 1989 - Jânio Quadros (PTB); de 89 a 93, Luiza Erundina (PT); de 93 a 97, Paulo Maluf (PDS); de 97 a 2001, Celso Pitta (PPB); de 2001 a 2005, Marta Suplicy (PT); de 2005 a 2006, Zé Serra (PSDB); de 2006 a 2013, Gilberto Kassab (DEM/PSD) e agora, a partir de janeiro de 2013, Fernando Haddad (Lula).
JULGANDO O STF
E agora que passou a eleição, os mensaleiros condenados vão se dedicar a sua mais nova modalidade esportiva: julgar o Supremo Tribunal Federal. É o velho e surrado jus sperniandi. O Choro é livre. Melhor - e nem tem outra saída - é aguardar quietinho a sentenças e ir, desde já, preparando bacia, sabonete e toalhinha para passar as noites na cadeia. Se todos se comportarem direitinho, talvez possam até levar jornal e celular para o dormitório
29 de outubro de 2012
sanatório da política
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