A dívida pública
federal chegou a R$ 1,965 trilhão em novembro uma alta de 1,1% com relação ao
mês anterior, informou nesta sexta-feira o Tesouro Nacional. De acordo com o
governo, contribuíram para o aumento da dívida despesas com pagamento de juros,
que totalizaram R$ 16,55 bilhões, e as emissões de papéis bem acima dos resgates
de títulos feitos pelo governo.
José Franco Morais,
coordenador de operações da dívida pública, destacou que, durante o ano, houve
uma melhoria na composição do estoque da dívida, com prazos de investimento mais
longos e custos mais baixos. De acordo com ele, a dívida tem crescido,
basicamente, devido ao pagamento de juros. Ele ressaltou também o aumento no
número de investidores estrangeiro no estoque da dívida pública, que chegou ao
recorde de 13,88% de participação sobre o total de títulos em
novembro.
- O número de
investidores não residentes tem aumentado gradualmente e irregularmente. Para o
ano que vem, não sabemos se haverá aceleração, depende do que acontece no
mercado internacional também - observou.
A expectativa do
governo é que, no fechamento do ano, a dívida pública possa atingir até R$ 2,05
trilhões. Em 2011, ela subiu 10%, para R$ 1,86 trilhão. De acordo com Morais, no
fechamento do ano, a dívida pode chegar a R$ 2 trilhões, ainda dentro dos
limites definidos pelo governo, mas, em janeiro, deverá voltar a cair, devido ao
número de títulos com previsão de vencimento no mês que vem.
- Se ultrapassar R$
2 trilhões, será uma estatística de apenas um dia - disse.
Já o programa de
compra de títulos da dívida pública por pessoas físicas, o Tesouro Direto,
ganhou 3,9 mil participantes em setembro. Com isso, o total de investidores
chegou a 325.624, o que representa um aumento de 19,74% em 12 meses. Ao todo, as
vendas de títulos por meio do programa atingiram R$ 217,57 milhões no mês
passado.
O Globo
21 de dezembro de 2012
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