"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

DESONESTIDADE ACADÊMICA

    
Muitas das faculdades e universidades do país e universidades se tornaram fossas de doutrinação, intolerância, desonestidade acadêmica e uma forma “iluminada” de racismo. Esta é uma tendência de décadas. Em um discurso de 1991, o presidente[1] de Yale, Benno Schmidt advertiu: "Os problemas mais graves da liberdade de expressão em nossa sociedade hoje existem em nossos campi. A premissa parece ser que o propósito da educação é induzir a opinião correta, em vez de procurar a sabedoria e libertar a mente".

Infelizmente, os pais, os contribuintes e os doadores têm pouco conhecimento da extensão da desonestidade e doutrinação. Há várias pistas para dizer se há desonestidade acadêmica e doutrinação. Um deles é para ver se uma faculdade gasta milhões em centros de diversidade e multiculturalismo e contrata diretores de diversidade e inclusão, gerentes de recrutamento para diversidade, pró-reitores para diversidade e vice-presidentes de diversidade.
Veja se faculdades gastam dinheiro para doutrinar calouros recém-chegados com programas como "O Túnel da Opressão", no qual, entre outras coisas, os alunos chamam uns aos outros por nomes raciais e sexuais vis, a fim de desenvolver a "consciência da opressão".

Uma pesquisa do American Council of Trustees and Alumni, em 2004, com 50 faculdades selecionadas, descobriu que 49% dos alunos queixaram-se de professores frequentemente inserindo comentários políticos em seus cursos, mesmo que tais comentários não tivessem nada a ver com o assunto, enquanto 46% disseram que os professores usavam suas salas de aula para promover os seus próprios pontos de vista políticos.

Um professor de Inglês disse aos seus alunos que "conservadorismo promove racismo, exploração e guerra imperialista". O programa de "estudos críticos étnicos" da Faculdade de Direito da UCLA diz que seu objetivo é "transformar a defesa da justiça racial."

Em uma faculdade da costa leste, foi encontrado um exame com perguntas como: "Como é que os Estados Unidos "roubam” os recursos de outros países (de terceiro mundo)?". A resposta correta marcada era: "Nós roubamos através da exploração."

Um professor de economia disse à sua classe: "os Estados Unidos da América, conforme os fatos, é o país mais ganancioso e mais egoísta do mundo." Um professor de línguas germânicas disse a sua turma, "Bush é um imbecil, um tolo e um idiota".

Um relatório recente da National Association of Scholars – "Uma Crise de Competência", informou que o Higher Education Research Institute da UCLA descobriu que "mais docentes acreditam agora que eles devem ensinar seus alunos a serem agentes de mudança social do que os clássicos da civilização ocidental." Utilização de fundos públicos para ativismo privado não só é desonestidade acadêmica, mas também beira a criminalidade.

No atual ambiente universitário, não deveríamos ficar surpresos com os resultados. Uma pesquisa realizada pelo Center for Survey Research and Analysis da Universidade de Connecticut atribuiu notas D ou F para 81% dos universitários formandos no tocante a seu conhecimento da história americana. Muitos alunos não conseguiram identificar Valley Forge, palavras do Discurso de Gettysburg ou até mesmo os princípios básicos da Constituição dos EUA. O Centro Nacional de Estatísticas da Educação informou que apenas 31% dos graduados podem ler e entender um livro complexo.

Uma pesquisa nacional de 2007 intitulada "Nosso patrimônio fenecente: Americanos falham num teste básico sobre História e Instituições", feito pelo Intercollegiate Studies Institute, descobriu que ganhar um diploma universitário faz pouco para aumentar o conhecimento da história da América.

Entre as perguntas feitas havia: "Quem é o comandante-em-chefe das Forças Armadas dos EUA?"; "Aponte dois países que eram nossos inimigos durante a Segunda Guerra Mundial." A pontuação média entre os graduados foi de 57%, ou um F. Apenas 24% dos graduandos sabia que a Primeira Emenda proíbe o estabelecimento de uma religião oficial para os Estados Unidos.

Uma pesquisa de 2006 realizada pela The Conference Board, Corporate Voices for Working Families, the Partnership for 21st Century Skills, and the Society for Human Resource Management constatou que apenas 24% dos empregadores achavam que graduados após quatro anos de faculdade estavam "altamente preparados" para a entrada de cargos de alto nível.


O triste estado de nossa educação universitária comprova o que a minha avó já dizia: "Se você está fazendo algo que não deveria estar fazendo, não pode fazer o que deveria fazer."

(*) Nota do tradutor:
Nas universidades americanas, enquanto o reitor (dean) é o responsável pela organização e atividades acadêmicas, o presidente concebe e executa estratégias em função das necessidades do mercado.


21 de dezembro de 2012
 Walter Williams é professor de Economia na Universidade George Mason.
Fonte: http://econfaculty.gmu.edu/wew/articles/12/AcademicDishonesty.htm
Tradução: Daniel Antonio de Aquino Neto

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