Sistema que protege usina de Furnas funcionou, mas desligou várias linhas de transmissão Aneel diz que sistema que conecta Norte/Nordeste com Sul/Sudeste, construído nos anos 1970, é defasado
Folha de São Paulo
A obsolescência da subestação de Itumbiara (GO), responsável pela conexão entre o Sudeste e Norte/Nordeste, foi a responsável pelo apagão que atingiu 12 Estados no último sábado, o quarto de grandes proporção apenas neste semestre.
A estrutura, projetada na década de 1970, está tecnologicamente ultrapassada, reconhece a Aneel, agência responsável pela fiscalização do setor elétrico.
"Aquele arranjo já não comporta a evolução do sistema", disse Nelson Hubner, diretor-geral da agência.
Segundo Fábio Resende, ex-diretor de Furnas e atual diretor do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico, a subestação foi projetada para atender a um cenário que não existe mais.
O problema é que sua reforma levaria um ano, um longo período para desligar um sistema que conecta o Norte e o Sul do país.
A agência disse que pediu ao ONS (Operador Nacional do Sistema) um levantamento sobre a situação de outras subestações. "[Queremos checar] se há alguma subestação desse jeito, com desatualização em termos de arranjo", explicou Hubner.
Segundo Resende, há outros três sistemas projetados no mesmo período, com a mesma configuração: Araraquara, Marimbondo e Cachoeira Paulista.
RAIO
O problema começou após um raio atingir uma área próxima à subestação de Itumbiara. O curto gerado pela descarga eletromagnética acionou o sistema de proteção da usina. Mas, além de desligar as turbinas, foram desligadas as linhas de transmissão que se conectam a essa subestação, levando a um "efeito dominó", que atingiu 12 Estados.
18 de dezembro de 2012
Folha de São Paulo
A obsolescência da subestação de Itumbiara (GO), responsável pela conexão entre o Sudeste e Norte/Nordeste, foi a responsável pelo apagão que atingiu 12 Estados no último sábado, o quarto de grandes proporção apenas neste semestre.
A estrutura, projetada na década de 1970, está tecnologicamente ultrapassada, reconhece a Aneel, agência responsável pela fiscalização do setor elétrico.
"Aquele arranjo já não comporta a evolução do sistema", disse Nelson Hubner, diretor-geral da agência.
Segundo Fábio Resende, ex-diretor de Furnas e atual diretor do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico, a subestação foi projetada para atender a um cenário que não existe mais.
O problema é que sua reforma levaria um ano, um longo período para desligar um sistema que conecta o Norte e o Sul do país.
A agência disse que pediu ao ONS (Operador Nacional do Sistema) um levantamento sobre a situação de outras subestações. "[Queremos checar] se há alguma subestação desse jeito, com desatualização em termos de arranjo", explicou Hubner.
Segundo Resende, há outros três sistemas projetados no mesmo período, com a mesma configuração: Araraquara, Marimbondo e Cachoeira Paulista.
RAIO
O problema começou após um raio atingir uma área próxima à subestação de Itumbiara. O curto gerado pela descarga eletromagnética acionou o sistema de proteção da usina. Mas, além de desligar as turbinas, foram desligadas as linhas de transmissão que se conectam a essa subestação, levando a um "efeito dominó", que atingiu 12 Estados.
18 de dezembro de 2012
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