Depois, repetiu a dose quando o Supremo anunciou a pena do ex-ministro José Dirceu. Agora, novamente conclama a militância petista a sair em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a manifestar indignação com as acusações de Marcos Valério, operador do mensalão.
“Será que alguém vai me ouvir?”
Como aconteceu nas duas oportunidades anteriores, desta vez também não vai acontecer nada. A militância petista, que não mexeu uma palha por Cunha ou por Dirceu, também vai desprezar solenemente o próprio Lula, podem apostar.
As coisas mudam, tudo na vida é dinâmico e se transforma, conforme Lavoisier já nos provou.
Por exemplo, antes do julgamento no Supremo, o presidente do PT cansou de defenderMarcos Valério, vivia dizendo que não houve mensalão nem irregularidades com as agências de publicidade do empresário mineiro, era tudo “Caixa 2″. Agora, Rui Falcão muda o discurso e alega que Valério é uma pessoa que está “condenada” e não tem “nenhuma credibilidade”.
Com mania de perseguição, o dirigente petista voltou a atacar o Ministério Público por ter vazado o depoimento para a imprensa e afirmou que eles querem colaborar com uma “campanha terrível” para tentar incriminar o PT.
O presidente do PT alegou que a divulgação do depoimento de Marcos Valério reflete uma “tentativa desesperada” de reduzir a sua pena no julgamento do mensalão. Para ele, o Ministério Público “teria a responsabilidade legal” de resguardar as declarações, sem permitir que elas vazassem para a imprensa.
Segundo Rui Falcão, o PT, que é “alvo constante” de setores da sociedade que “perderam privilégios”, não terá seu trabalho no governo federal manchado.
Com seu apelo, Falcão deixa no ar uma pergunta: por que Lula não pode se defender sozinho e precisa da militância nas ruas?
16 de dezembro de 2012
Carlos Newton
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