CIEP em Niterói…
O tripé Leonel Brizola, Oscar Niemeyer e Darcy Ribeiro protagonizou uma revolução em todos os sentidos, no conceito de Educação Sistêmica.
O que é isso: em primeiro lugar, as instalações, o prédio arquitetônico, as salas de aula, a biblioteca, à área coberta para práticas esportivas.
Em segundo, o horário integral para as crianças poderem completar todas as fases do ensino, com atendimento médico e odontológico.
Era progressista demais para as cabeças conservadoras da elite dirigente do país. Elas pensaram: quando esses jovens estiverem formados, irão competir em igualdade com as nossas crianças preparadas para exercer o poder. Então, vamos detonar o projeto dos CIEPs. Foi exatamente o que aconteceu.
A consequência da falta de visão dos nossos governantes se processa nestes 2013, quando iremos importar trabalhadores europeus altamente qualificados e que estão desempregados em seus países por conta da tsunami econômica desencadeada em 2008. Não teria sido bem melhor que brasileiros ocupassem esses postos vagos por falta de mão de obra?
Agora vem o pior: Mesmo com o exemplo fático, real e cristalino, nada está sendo preparado para mudar a situação atual cujos reflexos se farão sentir talvez em 2020, 2030, sei lá. Ou não, bom dia Caetano.
SEGREGANDO O POVO
O projeto dos CIEPS foi descartado porque não interessa educar o povo, preparando-o para a revolução tecnológica, mas sim deixá-lo hibernando em berço esplêndido, calmo, tranquilo, sem muitas exigências materiais e sociais e votando nos mesmos de quatro em quatro anos. Essa é a realidade atual.
Em relação aos estádios de futebol, trata-se de desperdício de dinheiro público.
Os clubes é que deveriam se ocupar das arenas, como exemplo o estádio do Morumbi construído pelo São Paulo Futebol Clube. Outra coisa, de que adiantam espaços para 100 mil pessoas, se o máximo de uma partida não está passando de 50 mil torcedores?
Ao invés de arenas, à moda romana, para proporcionar espetáculos midiáticos de futebol e também musicais, fariam bem os governantes se espalhassem escolas de ensino básico e técnicas de norte a sul do Brasil. Contudo, isso não se traduz em votos, logo por que fazer?
Quanto à afirmação do presidente, governador de Minas e senador Itamar Franco, sobre a alma dele ficar do lado de fora da tribuna, demonstra a insatisfação do político mineiro com a inoperância da representação senatorial. Sabia ele, como sabem os outros, que o Senado, constituído pelos 81 membros pouco ou nada, pode fazer pelo povo.
17 de janeiro de 2013
Roberto Nascimento
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