Desde antes de sua eleição, toda a Cúria Romana, uma espécie de governo da Igreja, sabia do estado delicado da saúde do cardeal Josepeh Ratzinger. E assim desde o primeiro momento ficou claro que sua agenda diária seria muito diferente da agenda movimentada do seu antecessor.
Se João Paulo II dividia sua jornada em audiências pela manhã e entrevistas pessoais pela tarde, Bento XVI estabeleceu uma agenda bem menos intensa onde as tarefas de governo ocupavam as manhãs. Ele dedicava as tardes aos estudos.
Ratzinger deixou claro desde o primeiro momento a seus colaboradores que não tinha a intenção de renunciar a um dos seus maiores projetos intelectuais - a publicação com o objetivo de alcançar o grande público de uma trilogia sobre Jesus. E cumpriu o prometido.
Embora seguindo o programa de viagens previsto por seu antecessor, enxugou-o o quanto pode, tanto em termos de duração quanto em número de viagens propriamente ditas.
Sucedeu o mesmo com as férias.
A saúde de Bento XVI também influenciou a organização de importantes atos religiosos no Vaticano. A Missa do Galo, por exemplo, foi adiantada para evitar extrema fadiga.
11 de fevereiro de 2013
El País
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