Presidente elogiou atuação do Senado e da Câmara em mensagem de abertura do ano legislativo
Ignorando as críticas à eleição e posse dos presidentes peemedebistas do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), ambos alvos de denúncias, a presidente Dilma Rousseff encaminhou mensagem ao Congresso de abertura do ano legislativo, elogiando a atuação da duas casas e se solidarizando com os políticos, que considerou estarem sendo "vilipendiados".
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Depois de fazer um longo balanço dos dois anos de administração do seu governo e de falar de planos para 2013, a presidente Dilma Rousseff agradeceu aos parlamentares pela atuação e colaboração no ano passado.
"No ano que passou, o Executivo Federal encontrou, no Congresso Nacional, um parceiro crítico e, ao mesmo tempo, colaborativo, para suas propostas de forma a enfrentar os desafios ao fortalecimento do processo de desenvolvimento brasileiro", disse Dilma, acrescentando que "essa parceria, construída sobre a legitimidade conferida pelo voto popular, assegura que as ações governamentais sejam, além de tecnicamente sólidas, fortalecidas pela vontade política plasmada em mandatos representativos".
E emendou: "sem tal vontade, a razão técnica não tem direção e propósito. Os que viveram sob regimes autoritários sabem muito bem dos perigos da dissociação entre técnica e política".
Segundo Dilma, em 2012, mais uma vez, o Congresso demonstrou "sua capacidade de buscar as soluções legislativas mais adequadas aos interesses estratégicos do País e de nossa população".
Os elogios e agradecimentos se seguem a um ano em que o governo e o PT, partido de Dilma, viveram sob a sob a ameaça do Mensalão, em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal.
A presidente Dilma aproveitou ainda para traçar a pauta de prioridades do governo para votação pelo Congresso em 2013.
"Espero que, por meio do debate democrático com o Congresso Nacional, possamos avançar, em 2013, em temas sensíveis e necessários ao nosso País", afirmou, listando os temas que considera fundamentais.
"A continuidade das mudanças em nosso sistema tributário; o debate em torno das novas regras do Fundo de Participação dos Estados; o aprimoramento de marcos regulatórios e a urgente questão do financiamento da educação, seja no âmbito do Plano Nacional de Educação, seja na proposta de destinação dos royalties do petróleo. Interessa ainda ao Poder Executivo construir consensos que permitam evoluir no encaminhamento da tão necessária reforma política".
Segundo Dilma, em 2013, "em parceria com o Congresso", "o Brasil certamente colocará mais um tijolo na extraordinária e histórica obra de construção de uma economia mais competitiva e uma sociedade mais justa e com mais oportunidades para todos".
05 de fevereiro de 2013
TÂNIA MONTEIRO - Agência Estado
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