"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O FUNDO DO POÇO

Desafio do presidente da Câmara ao STF é jogo de cena e mostra que o Brasil chegou ao fundo do poço

Cortina de fumaça – Para alívio dos brasileiros e sorte dos gaúchos, o deputado federal Marco Maia (PT-RS) deixou a presidência da Câmara na segunda-feira (4), disparando contra o Supremo Tribunal Federal, o que se tornou corriqueiro em sua agenda nos últimos meses.

Maia defende a tese de que decisão sobre a cassação dos deputados mensaleiros condenados pelo STF cabe à Câmara, não à instância máxima do Judiciário.

Maia foi substituído no cargo pelo peemedebista potiguar Henrique Eduardo Alves, que iniciou sua gestão também desafiando o Supremo.

Qualquer declaração até o trânsito em julgado das sentenças condenatórias decorrentes da Ação Penal 470 (Mensalão do PT) é mera conjectura, jogo de cena, conversa fiada. Com o trânsito em julgado das sentenças, não há quem ouse descumprir uma determinação do STF, sob pena de prisão.

Quando o Supremo Tribunal Federal oficiar a Câmara dos Deputados sobre a imediata perda dos mandatos de Pedro Henry (PP-MT), João Paulo Cunha (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), caberá ao deputado Henrique Eduardo Alves cumprir a ordem, pois do contrário acabará contemplando o nascer do sol de forma geometricamente distinta, em alguma cela da Polícia Federal.

Esse discurso embusteiro do presidente da Câmara não passa de malemolência discursiva para adular a plateia petista, que garantiu sua eleição e ainda sonha com algum milagre que absolva os protagonistas do maior escândalo de corrupção da história nacional, que teve como chefe maior o fugitivo Luiz Inácio da Silva.

05 de fevereiro de 2013
ucho.info

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