Um dos centros do debate que surgiu entre a renúncia de Bento XVI e a escolha do novo papa era de que o novo pontífice assume uma igreja em crise, com grandes desafios e demandas modernas a serem resolvidos.
Em suma, há uma expectativa de que o substituto de Joseph Ratzinger tenha de definir o que deve e o que pode ser reformado nessa instituição milenar.
Além dos desafios religiosos, como o de reafirmar o rumo teológico da Igreja e destravar nós burocráticos da Cúria Romana, o novo papa terá de lidar com a perda de fiéis pelo mundo e com temas ligados à moral, família e sexualidade.
Outra necessidade é combater de forma eficaz os casos de pedofilia e de corrupção. Tudo para manter a fé católica como uma realidade inteligível em um mundo em transformação, em que a própria transparência do Vaticano tornou-se um tema cada vez mais caro.
A Igreja é sempre cobrada por posicionamentos mais progressistas em torno da moral sexual, família ou homossexualidade. A instituição e suas lideranças são pressionadas por temas como legalização do aborto, uso de preservativos, controle de natalidade, casamento gay e adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo, além do papel da mulher. O modo de vida hedonista moderno e o relativismo cultural também se impõem como desafio ao novo papa.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - Pelas informações até agora divulgadas sobre a personalidade do Papa Francisco, tudo indica que não haverá qualquer mudança nos conceitos atuais da Igreja sobre celibato do clero, moral, sexualidade, pedofilia, aborto, uso de preservativos. É pena. (C.N.)
14 de março de 2013
(O Estado de S. Paulo)
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