Atrás da retórica “revolucionária” da Venezuela “bolivariana” há uma dependência absoluta do comércio com os EUA, o “Grande Satã”
Apesar da retórica supostamente “revolucionária” do governo “bolivariano” da Venezuela, os dados oficiais sobre comércio exterior mostram que o maior parceiro comercial do mundo para Caracas são… os Estados Unidos.
Em 2012, as exportações da Venezuela para os EUA — basicamente petróleo — chegaram a poderosos 38,72 bilhões de dólares — boa parte deles utilizados na distribuição de benefícios sociais pelo regime chavista.
Entre petróleo e derivados, a Venezuela exporta algo como 900 mil barris por ano para o “Grande Satã” norte-americano. Ou seja, o Grande Satã compra 40% de tudo o que o país de Chávez extrai de óleo, sua maior riqueza.
No mesmo período, a Venezuela importou 17,631 bilhões de dólares dos Estados Unidos, e aí entra um pouco de tudo o que o país riquíssimo em petróleo não consegue produzir: produtos agrícolas, carne, adubos, medicamentos, aparelhos de uso médico, laticínios e muitos outros tipos de alimentos industrializados, automóveis, peças de reposição, brinquedos, computadores, material de construção, móveis etc etc etc.
O Grande Satã americano, portanto, não apenas enche a Venezuela chavista de dólares como ainda supre o país do que ele não tem — de tal forma que a balança comercial pró-Venezuela passou um pouco dos 21 bilhões de dólares no ano passado.
Sabem um dos itens que os EUA exportam para a Venezuela? GASOLINA: 98 mil barris por dia.
Sim, as instalações obsoletas e mal mantidas da estatal PDVSA não conseguem refinar, do petróleo extraído, suficiente gasolina para o consumo interno venezuelano. A maior parte dessa gasolina vem do Texas.
14 de março de 2013
Por Ricardo Setti - Veja Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário