O Judiciário transformou em ações judiciais, no ano passado, 1.763 denúncias contra acusados de corrupção e lavagem de dinheiro, e 3.742 procedimentos judiciais relacionados à prática de improbidade administrativa.
Também em 2012, foram realizados 1.637 julgamentos que resultaram na condenação definitiva de 205 réus pelos mesmos delitos. Assim, o total de processos em tramitação no país sobre corrupção, lavagem de dinheiro e improbidade chegou a 25.799, no final do ano passado. Os números, levantados pelo Conselho Nacional de Justiça junto aos tribunais, também mostram que de 1º janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2011 foi declarada a prescrição de 2.918 ações e procedimentos penais relativos a tais ilegalidades.
O relatório foi divulgado nesta segunda-feira (15/4).
Os dados comprovam o que a população já sente:
Os dados comprovam o que a população já sente:
o país vive um clima de impunidade que abrange os mais variados setores, numa sequência de escândalos que traz à tona sentimentos de indignação e revolta.Enquanto vivemos a expectativa da realização da Copa do Mundo no Brasil, a autoridade máxima da entidade que comanda o futebol no país - José Maria Marin - se vê envolvida em uma série de escândalos, que vai desde o constrangedor flagrante em que foi pego botando no bolso medalhas durante cerimônia de premiação, até a suspeita de superfaturamento na compra da sede da CBF.
Mas na história recente do país este é apenas mais um escândalo que choca a população.
Mas na história recente do país este é apenas mais um escândalo que choca a população.
Ao longo dos últimos anos é possível enumerar fatos como a queda do edifício Palace II do empresário Sérgio Naya, na Barra da Tijuca, que provocou a morte de oito pessoas, além de deixar 150 famílias desabrigadas.
Ou ainda o escândalo do superfaturamento em obras do prédio do TRT-SP, que teve como protagonista o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto.
A queda de um helicóptero na Bahia, em 2011, trouxe à tona a íntima relação do governador do Rio, Sérgio Cabral, com o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta.
Mesma empresa que pouco depois se viu envolvida em uma série de escândalos, chegando até ao bicheiro Carlinhos Cachoeira, outro protagonista de uma série de acusações envolvendo corrupção, política e dinheiro público.
Isso sem falar nas denúncias que provocaram trocas em comandos de ministérios, do mensalão - que ainda aguarda sua definição - e crimes como o massacre do Carandiru, que deixou 111 mortos e só 20 anos depois vê seu julgamento finalmente acontecer.
Nos últimos dias, mais um escândalo engrossou a lista:
ex-funcionários do Ministério das Cidades estariam se aproveitando do Programa Minha Casa, Minha Vida, usando uma empresa para fraudar contratos para a construção de casas populares.
Como se não bastasse, a população vê os principais estádios de futebol do Rio envolvidos em situações mal explicadas e que dão margens a mais desconfiança:
o Engenhão, seis anos após ter sido construído, já está interditado por risco em seus arcos de sustentação, e não se sabe quem são os culpados.
O Maracanã, cujos valores das reformas para a Copa já ultrapassaram, e muito, as estimativas iniciais, passa por uma licitação polêmica e envolta em situações nebulosas.
A queda de um helicóptero na Bahia, em 2011, trouxe à tona a íntima relação do governador do Rio, Sérgio Cabral, com o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta.
Mesma empresa que pouco depois se viu envolvida em uma série de escândalos, chegando até ao bicheiro Carlinhos Cachoeira, outro protagonista de uma série de acusações envolvendo corrupção, política e dinheiro público.
Isso sem falar nas denúncias que provocaram trocas em comandos de ministérios, do mensalão - que ainda aguarda sua definição - e crimes como o massacre do Carandiru, que deixou 111 mortos e só 20 anos depois vê seu julgamento finalmente acontecer.
Nos últimos dias, mais um escândalo engrossou a lista:
ex-funcionários do Ministério das Cidades estariam se aproveitando do Programa Minha Casa, Minha Vida, usando uma empresa para fraudar contratos para a construção de casas populares.
Como se não bastasse, a população vê os principais estádios de futebol do Rio envolvidos em situações mal explicadas e que dão margens a mais desconfiança:
o Engenhão, seis anos após ter sido construído, já está interditado por risco em seus arcos de sustentação, e não se sabe quem são os culpados.
O Maracanã, cujos valores das reformas para a Copa já ultrapassaram, e muito, as estimativas iniciais, passa por uma licitação polêmica e envolta em situações nebulosas.
Por isso, o país precisa dar um basta para recuperar sua credibilidade e dar à população a esperança de que a Justiça dê um fim à impunidade.
Jornal do Brasil
17 de abril de 2013
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