"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 8 de junho de 2013

DADOS OFICIAIS: DOS 27 ÍNDIOS MORTOS NO MATO GROSSO DO SUL EM 2012, 25 MORRERAM PELAS MÃOS DE OUTROS ÍNDIOS

Hoje o Jornal O Globo repercute mais uma estatística mentirosa patrocinada pelo Conselho Indigenista Missionário, o CIMI, aquele que quer criar as FARC indígenas no Brasil, sob o manto, proteção e patrocínio da Igreja Católica. Leiam abaixo:
 
Nos oito anos de governo do ex-presidente Lula e nos dois primeiros da presidente Dilma Rousseff, 560 índios foram assassinados no Brasil — média de 56 por ano. Isso representa um crescimento de 168,3% em relação à média dos oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Os números fazem parte de levantamento do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
 
Nos dois primeiros anos do governo Dilma, 108 índios foram assassinados no país, uma média de 54 por ano. Foram 51 mortes em 2011 e 57, em 2012. A média fica um pouco abaixo dos 56,5 homicídios anuais registrados nos dois mandatos de Lula, mas está bem acima do observado nos oitos anos de FH. No governo do tucano, a média foi de 20,9 assassinatos de índios por ano.
 
Segundo o Cimi, 167 índios foram mortos no período FH. O número subiu para 452 no governo Lula (2003-2010), um crescimento de 170,7%. O secretário executivo do Cimi, Cleber Buzatto, criticou o ritmo de demarcação das terras indígenas nos governos petistas, menor do que o observado nos governos tucanos.
 
— Na nossa avaliação, isso (o aumento das mortes) foi causado por diferentes fatores, mas principalmente em função da retração nos procedimentos de demarcação das terras indígenas, somada a uma expectativa inicial por parte dos povos de que, com o governo Lula, haveria uma aceleração desses procedimentos — afirmou Buzatto. Segundo ele, Lula e Dilma se aproximaram do agronegócio, provocando reação dos índios.
 
O safado do CIMI deixa transparecer que a culpa é do agronegócio, mas não diz quantos destes índios morreram em conflitos com produtores rurais. Quantos? Se o número fosse representativo, tenham certeza que ele diria. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Mato Grosso do Sul, em 2012 morreram 27 índios no estado: 25 deles morreram pelas mãos de outros índios, em luta por poder em aldeias, por drogas, por bebida, por mulher. Não é diferente no Brasil. Muito admira o Jornal O Globo publicar este tipo de estatística sem o necessário aprofundamento dos motivos.
 
08 de junho de 2013
in coroneLeaks

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