"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 14 de julho de 2013

HÁ UMA REFÉM (OU FEFANA) NO PALÁCIO


 
Infelizmente, o que nós, aqui do chão de fábrica, já estamos carecas de saber e quixotescamente vínhamos escrevendo, confirma-se a cada novo dia. Claramente isto não nos é exclusivo.
 
O processo autofágico adotado como estratégia pelos companheiros de caminhada vai mais e mais delineando-se como opção única de manutenção dos podres poderes que lhes garantem a nababesca condição de desfrute desta efêmera passagem por este Orbe.
 
Nós, já habituados com os planos de contingência das atividades de nossas operações diárias no mundo real, ficamos a pensar em algumas das propostas que emergiriam da elaboração de um estudo, que nos é muito comum, denominado: Análise de Causa e Modo de Falhas, FMEA na sigla original em inglês, aplicado ao Desgoverno do atual Partido Quadrilha no Poder.
 
Sinteticamente, esta ferramenta da Qualidade permite avaliar as ameaças das falhas previstas ou ocorridas, valorizando individualmente a gravidade, potencial de ocorrência e capacidade de detecção da respectiva falha ou defeito originado no design do produto e ou do processo.
As saídas destes estudos são sempre as possíveis ações a serem tomadas e os prazos para que se cumpram e ainda permite que se verifiquem os resultados, que retroalimentam o estudo original, com a finalidade de depurá-lo. Isto tudo explicado, avante.
 
A criatura mandatária mor saboreia o gosto do fel do poder que lhe fora delegado pelo seu criador, mantida refém (refana) no Palácio das Maravilhas. E ali no silêncio de seu portentoso gabinete reflete as imprevistas atribulações redundantes de sua incúria e lá permanece a imaginar uma ferramenta que lhe pudesse salvar daquele calvário. Quando então um sininho lhe toca aos ouvidos: “ Faça um FMEA”. Imediatamente manda seus mensageiros aos confins do mundo real para de lá trazerem o providencial estudo com suas indicações de ações necessárias.
 
Chegado o encomendado estudo, qual surpresa se revela: que terá de tomar caminhos que sempre lhe foram impensáveis, quais seriam opcionalmente ou em conjunto:
 
1-destituir o atual quadro de comando das FFAA, nomear um novo com os critérios da hierarquia e disciplina.
 
2-elaborar em conjunto com um novo assessoramento o Plano de Salvação Nacional.
 
3-tentar uma reedição de um alto golpe similar ao daquele dos idos de 1961.
 
4-renunciar imediatamente deixando a bucha para o seu criador.
 
5- chamar o criador, e pedir para sair sem ser justiçada.
 
6-assumir a condição para que foi eleita e com os apoios corretos, juntar os cacos a que a Nação foi reduzida, redirecionar as expressões de Poder Nacionais, logicamente haveria de esquecer aquela idiotice de “fim do estado nacional” tão acalentada pela “cumpanherada” toda.( alguém notou a inscrição no avião do presidente cocaleiro: República Plurinacional da Bolívia; caramba a quem acredite netas sandices).
 
Caso nenhuma das opções lhe fossem alcançáveis,  o jeito mesmo seria solicitar a seu ministro de relações exteriores a elaboração de uma declaração de guerra aos Estados Unidos da América, na torpe tentativa de trazer a arte à realidade.
Neste caso aplicado um novo FMEA, derivaria a recomendação de não restringir a declaração apenas aos EUA, estendendo-a à todas Nações da Comunidade Europeia e China, de maneira a garantir o intento de perder o hipotético conflito e assim permitir uma saída a francesa, na condição de vítima, e continuar a atormentar os governos que lhe sucedessem e assim perpetuar a vanguarda do atraso.  

14 de julho de 2013
Alberto Mendes Junior é Engenheiro de cão de fábrica.

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