Artigos - Movimento Revolucionário
Do entrevero, do acinte, do deboche, certamente emergirão futuras lideranças, predestinados batalhadores, indivíduos de convicta postura, e dispostos a lutar pelos seus ideais e posições.
Tudo depende do momento. Hoje a “sociedade” se horroriza com a bandalha que se instalou na USP por alguns dias.
São os agitadores travestidos de universitários, alguns tarimbados profissionais da anarquia, ou melhor, são massas de manobra, cabeças feitas por espertos intelectuais, que afrontam a tudo e a todos por seus direitos. Deve ser o direito ao caos.
Mas recordem, vivemos um momento em que a preocupação com o direito pretere a tudo. Sobre os deveres, nem tocar.
Imaginem, quando estivermos vivendo sob a égide da anarquia ou da liberação total do uso de drogas, pois cada um é dono de si, como serão cultuados os jovens que hoje, mascarados, invadem instalações, depredam o bem público, e são corajosos para afrontar os agentes da ordem pública?
Ah, seguiram a cartilha do MST? Quem sabe.
Do entrevero, do acinte, do deboche, certamente emergirão futuras lideranças, predestinados batalhadores, indivíduos de convicta postura, e dispostos a lutar pelos seus ideais e posições.
E contam com o apoio de determinadas entidades, tanto que elas já levantaram os recursos para libertação dos novos guerreiros.
Provavelmente, assistimos ao nascimento de FUTUROS HERÓIS.
Um voto de louvor aos intransigentes, pois agregaram ao seu cabeludo currículo, a palavra de ordem “a baderna acima de tudo”.
Na universidade serão respeitados, citados, amados, cultuados e admirados. Percebam que hoje, grupos de universitários se manifestam na frente da Universidade em apoio aos pândegos presos.
Quanto ao apoio ou à complacência da sociedade, será uma questão de tempo.
Passado o primeiro momento, hábeis advogados estarão às portas da justiça desenrolando o carretel de atrocidades que o aparato policial desencadeou contra seus inocentes jovens idealistas.
A começar pela agressão, que como num pesadelo, na calada da noite, adentrou nos sonhos dos desordeiros, para expulsá-los de seu merecido sono.
Esperamos que os indignados não clamem por ridículas medidas, como a expulsão dos baderneiros, nem na indenização para ressarcir a depredação, que poderia ser da responsabilidade de cada um e, quem sabe, de 20 ou 30 % para o seu, ou seus líderes.
Blasfêmia, tal penalização nunca ocorrerá.
Que ninguém duvide, ali, na USP, nasceu, nesta semana, uma nova chusma de líderes, e quando eles voltarem será um Deus-nos-acuda, pois serão impiedosos, e serão indenizados, e contarão suas historias de sacrifícios, de como se agarraram aos seus princípios, com coragem e determinação, e todos, de curta memória, diremos amém.
Brasília, DF, 09 de novembro de 2011.
Valmir Fonseca Azevedo Pereira é general de brigada (reformado).
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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