"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 11 de novembro de 2011

CONTROLE POPULACIONAL E HOMOSSEXUALISMO

Resumo: O homossexualismo é um estilo de vida inteiramente compatível com as metas do controle populacional. Os controlistas querem reduzir drasticamente a “produção” de bebês no mundo inteiro. No homossexualismo, não existe a função natural de gerar bebês. Quanto mais homens adotarem o comportamento homossexual, menos bebês haverá no mundo.

Até a década de 1960, não havia no Ocidente comentários sobre casamento gay, concessão do direito de adoção para “casais” gays, direitos especiais para gays, etc. As noticias também não davam nenhuma atenção às pretensões dos ativistas gays, que eram em número tão reduzido que não representavam preocupação alguma.

Entretanto, alguns diziam que se devia promover o homossexualismo a fim de se reduzir a população mundial. De onde estavam vindo essas idéias? Dos controlistas — indivíduos que seguem a ideologia do controle populacional. Entre eles havia importantes autoridades internacionais, banqueiros, militares, políticos, filósofos, etc.

Aborto, controle da natalidade e homossexualismo

Os controlistas querem salvar o mundo. Eles acreditam que a terra não tem capacidade de sustentar uma população tão grande. Sua solução é criar meios, tecnológicos e educativos em massa, a fim de que haja menos pessoas neste mundo. Assim é que eles estão por trás de todos os movimentos modernos eliminadores de seres humanos, do aborto até a eutanásia. Sob a liderança e inspiração de Margaret Sanger, que inventou o termo controle da natalidade e fundou a Federação Internacional de Planejamento Familiar em 1952, os controlistas se lançaram numa campanha sistemática para legalizar o uso de “anticoncepcionais” e o aborto.

A Federação Internacional de Planejamento Familiar, que tem o apoio da ONU, propôs as seguintes estratégias para reduzir o tamanho da população mundial e para que os casais tenham menos filhos:

· Aumento do homossexualismo;

· Crise econômica;

· Estabelecimento de creches;

· Leis que levem as mulheres a trabalhar fora;

· Aborto compulsório para as gravidezes ilegítimas;

· Esterilização compulsória para todos os casais que já têm dois filhos (menos para alguns que teriam permissão especial de ter três);

· Limitar a maternidade a um número reduzido de mulheres;

· Licenças oficiais para se ter filhos.[1]

Sanger, que era teosofista, estava diretamente por trás da criação da pílula anticoncepcional e sua federação teve papel decisivo na legalização do aborto nos EUA. Com a ajuda da ONU, sua federação promove a educação sexual nas escolas, diversidade sexual, contracepção e aborto para adolescentes e jovens do mundo inteiro.

Na década de 1960, os controlistas afirmavam, com o apoio de especialistas médicos envolvidos na mesma causa, que a legalização dos anticoncepcionais reduziria a prática do aborto. Mas o que houve foi o contrário. A contracepção e o aborto acabaram sendo legalizados e suas práticas tiveram um aumento estratosférico, principalmente na Europa, EUA, Canadá e outros países industrializados. O que é irônico é que Sanger era racista e queria que o controle da natalidade livrasse a raça européia branca das outras raças, mas o efeito foi inverso.

Seguindo o exemplo de Sanger e sua federação, os controlistas financiam no mundo inteiro a educação sexual nas escolas, os grupos ambientalistas, os grupos feministas, os grupos homossexuais, a pornografia e qualquer outra coisa que os ajude em suas metas. Para eles, o crescimento da população mundial é uma praga, um câncer.

O evangelho da morte

Os controlistas são capazes de qualquer artimanha. Se, a fim de alcançar seus objetivos de reduzir a população mundial, eles precisarem adotar medidas pioneiras para condicionar as pessoas a aceitarem o sexo entre seres humanos e animais, eles não hesitarão em preparar o terreno social, legal, político e acadêmico. É claro que a propaganda daria ênfase ao termo amor — sexo com animais é a expressão mais pura de amor entre um animal e seu dono, diriam eles. Quem duvida da capacidade dos controlistas de deturpar a palavra amor, é só ver como o relacionamento homossexual foi adulterado de uma justa classificação de perversão sexual para a atual imagem de amor entre pessoas do mesmo sexo.

Embora pareça haver um respeito e consideração pelas crianças hoje, é só na aparência, pois mais recentemente as pesquisas científicas envolvendo o sacrifício de seres humanos durante as fases do desenvolvimento pré-natal são feitas com a desculpa de se criar novas curas. Justifica-se assim então a destruição de uma vida para salvar outra. Todas essas medidas, e outras que virão, têm como único objetivo eliminar mais seres humanos e criar nas pessoas uma mentalidade que não considera a vida humana com valor moral absoluto, exatamente como querem os controlistas.

Os controlistas estão experimentando sucesso enorme. O aborto é hoje legalmente permitido para assassinar milhões de bebês inocentes, em todos os países com tradição evangélica. A tradição cristã de países como Alemanha, Inglaterra, Escócia, EUA e Canadá caiu facilmente diante do evangelho controlista. Os controlistas podem aparentar representar uma ideologia científica, neutra e não religiosa, mas suas raízes religiosas mais importantes só são desconhecidas para os que não estão familiarizados com a história da teosofia.

No século XIX, os teosofistas estavam ativamente envolvidos em campanhas pioneiras de controle da natalidade. As sementes brotaram. A partir do século XX, os controlistas entraram em ação, com muitas organizações espalhadas nos EUA e na Europa, cumprindo os próprios objetivos dos teosofistas. Os frutos desse intenso trabalho só começaram a aparecer em grande escala a partir da década de 1970.

Por que, além do aborto e da pílula anticoncepcional (e também muitos outros métodos de controle da natalidade), os controlistas escolheram o homossexualismo para reduzir a população mundial?

É claro que eles não inventaram o homossexualismo, pois esse comportamento — assim como o adultério, o estupro e o roubo — existe há milhares de anos. Tudo o que eles fizeram foi jogar gasolina nos focos onde havia alguma chama, inflamando os indivíduos estratégicos que contribuiriam para propagar o evangelho homossexual. Assim, o evangelho homossexual juntou-se ao evangelho do aborto, do feminismo e da contracepção. Talvez nem mesmo os teosofistas pioneiros do controle da natalidade imaginassem as repercussões de suas idéias em futuro tão próximo.

Por isso, não se deve estranhar que grupos ambientalistas, feministas, pró-aborto e pró-controle da natalidade apóiem o homossexualismo. O homossexualismo é um estilo de vida inteiramente compatível com as metas do controle populacional. Os controlistas querem reduzir drasticamente a “produção” de bebês no mundo inteiro. No homossexualismo, não existe a função natural de gerar bebês. Quanto mais homens adotarem o comportamento homossexual, menos bebês haverá no mundo.

Ameaçando a família natural

O avanço do movimento homossexual ameaça a maior é única instituição humana responsável pela chegada de mais bebês a este mundo: a família natural. Os bebês, ou mais propriamente a sua eliminação (através de meios tecnológicos que impeçam sua chegada ou que provoquem sua destruição direta) são o principal alvo dos controlistas.

Para colaborar com os controlistas, os ativistas gays querem que seu relacionamento naturalmente estéril seja reconhecido como casamento. Quanto mais homens e mulheres forem seduzidos e enganados para esse estilo de vida, menos bebês nascerão. Ponto para os controlistas.

O reconhecimento do “casamento” homossexual forçará a redefinição do casamento normal e afetará o modo como o governo protege as verdadeiras famílias. Os recursos que poderiam ser distribuídos entre as famílias naturais deverão ser distribuídos igualmente entre as famílias pervertidas e naturalmente estéreis (famílias homossexuais). Uma família gay terá direito aos mesmos direitos, benefícios e privilégios de uma família natural responsável pela criação de filhos.

Casais homossexuais, pelo seu próprio estilo de vida antinatural, só podem ter filhos de um modo antinatural e pervertido: inseminação artificial com outro doador e adoção de filhos de outros casais normais. Sendo reconhecidos como famílias, os “casais” gays terão direito de fazer operação para troca de sexo e para ter meios tecnológicos para poderem ter os bebês que a natureza jamais lhes daria.

Não muitos homossexuais escolherão esse caminho difícil, porém tal escolha implica em gastos imensos. Se o governo tiver de arcar com os custos dessas perversões em seu sistema de saúde, quem mais sairá prejudicado serão as verdadeiras famílias que, tendo e criando filhos, deveriam ser alvos de total prioridade de investimentos — sem mencionar que, como sempre, os cidadãos é que pagarão a conta toda através de impostos. Mas obtendo igualdade legal diante da lei, os “casais” gays receberão tanta atenção e recursos quanto os casais naturais. Os recursos serão igualmente distribuídos tanto para casais naturais, que estão construindo verdadeiras famílias, quanto para casais não naturais, que estão destruindo a importância vital que a família verdadeira tem na manutenção da sociedade através da criação de bebês.

Os recursos da sociedade só deveriam ser investidos em necessidades legítimas, principalmente das famílias. O uso desses recursos para atender às reivindicações dos “casais” gays em busca de inseminação artificial ou outros procedimentos caros saqueará das famílias verdadeiras os recursos tão necessários para sua existência.

Portanto, o casamento homossexual reforçará de modo absoluto as intenções dos controlistas, que querem que o casamento seja visto e considerado inteiramente desvinculado de seu papel como gerador de nova vida. O papel do sexo gay — com prazer sexual (ainda que anormal), porém sem função de gerar bebês — atende perfeitamente a todas as exigências da ideologia controlista.

Para poder acomodar e proteger o casamento gay que a natureza não dotou para gerar bebês, as leis poderão acabar definindo o casamento como uma instituição sem ligação direta com a criação de bebês. Assim, o papel social vital da verdadeira família se perderá no redemoinho da confusão homossexual reinante nas novas leis e imposições sociais.

Ter filhos, dentro do casamento ou não, será apenas mais uma opção. Sendo assim, se o governo precisar intervir para que os casais gays tenham filhos de um modo antinatural (através do sistema de saúde que deverá garantir “direitos” reprodutivos não reconhecidos pela própria natureza), há probabilidade de que o governo venha a intervir para que todos os casais só tenham filhos com permissão do governo. Tudo deverá ser igual para todos.

Tal época ainda não chegou, mas a reestruturação total da família — começando hoje com as preocupantes tentativas para redefinir o que é casamento e família — já é um projeto em andamento dos engenheiros sociais, inclusive da ONU, que nunca menciona os termos marido e esposa em seus atuais documentos.

Seja com o aborto, com a contracepção ou com o homossexualismo, os controlistas estão avançando em seus objetivos de fazer com que menos bebês nasçam. O preço, porém, tem sido a completa perversão de todas as responsabilidades e funções naturais da família.

O que essas criaturas “inteligentes” não enxergam é que, se a família natural sofrer, toda a sociedade sofrerá. O preço final da morte da família natural é a inevitável extinção da sociedade. A sociedade pode viver sem o homossexualismo, sem o aborto, sem a contracepção e sem o feminismo, mas não pode sobreviver por muito tempo sem famílias que geram bebês. A sociedade só é sustentada pelas famílias naturais que têm filhos.

Preço elevado para europeus e americanos


Há outro problema grave com os planos dos controlistas. Eles queriam que o mundo inteiro fosse condicionado por suas idéias, e eles não têm medido esforços para usar a ONU nesse sentido. Contudo, quem mais está seguindo suas idéias de aborto, contracepção e homossexualismo são os europeus e americanos. Para alegria dos controlistas, é imenso o número de europeus e americanos que não querem ter filhos. Quando querem, é apenas um ou no máximo dois.

Para tristeza dos controlistas, os muçulmanos não estão seguindo essas idéias. Suas famílias são grandes. Cada família muçulmana vê a chega de mais bebês como mais muçulmanos para propagar sua religião. Para tristeza dos europeus, o número de muçulmanos na Europa está aumentando sem parar, enquanto o número de europeus só diminui.

Enquanto europeus e americanos e outros estão mergulhados no aborto, contracepção e homossexualismo, para atender aos desejos dos controlistas de menos bebês no mundo, os muçulmanos levam muito a sério a importância de suas famílias e religião.

Cristãos, hindus, budistas, animistas, espíritas e outros religiosos no mundo inteiro estão cedendo em massa às pretensões dos controlistas. Mas os muçulmanos continuam demonstrando uma resistência formidável.

Com a “ajuda” dos grupos pró-aborto, pró-ambientalismo, pró-feminismo e pró-homossexualismo, haverá menos europeus para habitar a Europa. Mas esse espaço vazio não ficará vago por muito tempo. Por causa de seu respeito às suas famílias e à sua religião, os muçulmanos estão tendo muitos bebês, que serão os futuros cidadãos do mundo e alegremente preencherão os lugares vagos deixados pelos europeus e outros.

O jornalista Mark Steyn, do jornal Chicago Sun-Times, comentou: “Os problemas da Europa — seus programas sociais que já estão fora das possibilidades econômicas, sua demografia que já está no leito de morte, sua dependência de números de imigrantes que nenhuma nação estável já conseguiu absorver com sucesso — foram todos criados pela própria Europa. As projeções de alguns especialistas indicam que 40 por cento da população da União Européia será muçulmana no ano 2025. O que já é realidade é que semanalmente mais pessoas freqüentam as orações de sexta nas mesquitas do que os cultos de domingo nas igrejas cristãs”.[2]

Os prognósticos menos pessimistas indicam que em menos de cem anos os muçulmanos serão maioria em grande parte da Europa. Eles só conseguirão dominar a Europa porque nunca se submeteram às políticas de controle populacional. Os europeus de hoje que vivem de acordo com os valores impostos pelos controlistas estão lançando as bases para a futura UEI (União Européia Islâmica).

Por esse e outros motivos, nada temos a agradecer aos controlistas por seus esforços de “salvarem” o mundo do “excesso” de seres humanos. A “salvação” proposta por eles — que trouxe aumento do aborto, do homossexualismo, do sexo livre e do desrespeito ao valor da vida humana — está contribuindo decisivamente para a destruição de muitas famílias e para a redução dos europeus.

Algum dia os muçulmanos serão imensamente gratos por toda a “limpeza” étnica, cultural e religiosa que as idéias de controle populacional estão trabalhando na Europa em nossos dias.

Os homossexuais também sofrerão

As feministas, os ambientalistas e os homossexuais não percebem que são manipulados pelos controlistas.

Hoje, os ativistas gays atacam os Cristianismo e a Bíblia, que condena claramente os atos homossexuais. Eles atacam a próprio livro que apresenta a única Pessoa que pode livrar um homem do homossexualismo. Eles colaboram intensamente com os controlistas para livrar o mundo do Cristianismo, redefinir a família tradicional e reduzir a população mundial.

O Evangelho de Jesus Cristo oferece gratuitamente libertação para os prisioneiros do homossexualismo. A religião muçulmana não oferece esperança alguma para eles.

Se algum dia os muçulmanos realmente se tornarem maioria na Europa, as leis muçulmanas se tornarão leis nacionais e os praticantes do homossexualismo sofrerão tudo o que os homossexuais sofrem em países muçulmanos: castigos duros e morte. Aí a futura minoria européia na Europa, inclusive os homossexuais, sentirá a diferença entre Cristianismo e islamismo.

A Europa ainda vai sentir saudades dos cristãos e seus valores.


Julio Severo é autor do livro O Movimento Homossexual, publicado pela Editora Betânia.

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