"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 11 de novembro de 2011

TRÊS MILHÕES POR MÊS... E UMA BOLA!

Três milhões por mês para Neymar jogar no Santos? Se há quem pague, normal!


A verdadeira epidemia que hoje é o politicamente correto, chega aos píncaros da sua obscenidade quando seus adeptos começam a denunciar figuras públicas do meio artístico ou do esportivo que ganham fortunas para desempenharem seus métiers como maus exemplos que obrigatoriamente vão ser seguidos, como se fosse um crime o fato de serem destaques no que fazem ou até mesmo notórios incompetentes apenas bafejados pela sorte.

Os “certinhos” parece que vieram ao mundo para contestar a realidade, para mostrar aos outros como eles acham que tudo deveria ser. Vejam o caso das artes cênicas, onde se mostrar uma empregada doméstica que roube o patrão, um médico que faça aborto ou um jornalista que “venda” notícias, vira processo movido pelos respectivos sindicatos – que além de apelarem para a “correção política”, tentam usá-la como fonte de renda –, como se nada disso exista na vida real e, o que é pior, mesmo que não existisse, são obras de ficção, onde a imaginação do autor tem licença para ir aonde bem entender.

Anormal é termos que pagar compulsoriamente a bandidos que, sob o pretexto de governar, legislar e julgar não ganham tanto quanto o Neymar, mas roubam muito mais que isso.

Por Ricardo Froes

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