Desde a infância a gente recebe a ração de sugestões coloridas sobre igualdade, fraternidade, direitos e liberdades democráticas. Na verdade ninguém é igual fisicamente, nem capaz das mesmas habilidades. O direito de cada um pressupõe deveres, responsabilidade, capacidade, vontade e ação. A liberdade é concernente ao plano espiritual.
A promessa mística consagrada pela revolução francesa serve apenas para apoiar a estrutura do estado capitalista. Está presente em todas as culturas e religiões. Integra quase todos os textos constitucionais, com variações de interpretação adaptadas à forma de governo. O lema substitutivo cabível para os governantes do mundo globalizado seria “Mentira, cinismo e crueldade”.
Na prática fomos todos afastados dos preceitos morais e da responsabilidade, da consciência de interdependência e expressão do espírito livre caracterizado na partícula cósmica, parte integral de cada pessoa. Esta realidade foi desestruturada e banida da consciência dos homens. Constituir-se-ia como pedra fundamental da organização e das leis constituintes de uma sociedade civilizada.
Os chefes religiosos e os reis, mais adiante as diversas formas de estado apoiadas em conhecimentos científicos, elegeram o controle das mentes, das pessoas e das relações de produção como prioridade, descartando a educação fundamentada em princípios e valores úteis para o aperfeiçoamento das relações entre os homens e entre as nações.
A corrida competitiva para a produção de armas de guerra e bens de consumo exige o acesso e posse de matérias primas, estejam onde estiverem. A garantia do intercâmbio mercantil, de capitalistas e de comunistas apóia-se deste modo na escravidão assalariada. Os controladores do mundo mantêm o cabresto exercitando o terrorismo de estado e ameaças que confundem e limitam as iniciativas do indivíduo, da família e dos produtores nacionais.
Daí a da impossibilidade de independência cultural e econômica. Enquanto isto, nossos marxistóides apoiados pela economia capitalista reformam o Estado. Utilizam a propaganda para esconder o cinismo, a mentira e a crueldade. Tratam as raras greves – expressão de descontentamento dos trabalhadores manipulados pelas raposas do sindicalismo – do mesmo modo que a “direita”. De veras jamais revelam que tipo de sociedade querem impor.
Mantêm a farsa eleitoral e apresentam seus militantes como candidatos travestidos de “proletários”. Mantêm a farsa da liberdade de imprensa e de opinião, desde que todas as mídias se mantenham na linha “politicamente correta”, isto é, tratando a corrupção, os crimes, as improbidades, as ilegalidades do poder com reverência gentil.
Querem que continuemos arriscando nossa pele, a nossa vida e a vida dos mais jovens em nome dos “direitos do humanos”, que eles entendem como escrever no muro: “Abaixo o imperialismo!” “Abaixo a ditadura! Viva a democracia” . Quantos acreditaram nisto e estão mortos? Os sobreviventes são conduzidos para a ditadura internacionalista, com o apoio dos que escrevem nos muros: “PCC”, “CV”...
A direita nestes arremedos de democracia capitalista corresponde ao próprio partido e governante dos países de “esquerda” e vice versa. Todos assumiram e em diversas ocasiões exerceram o direito de matar, prender grevistas e dissidentes, fechar jornais e emissoras de televisão ou radio, perseguir jornalistas, impor a mudança de leis e costumes, lançando a polícia armada contra a opinião dos desarmados.
Que nenhum idiota descalço queira manifestar-se contra esta “democracia”, império dos mesquinhos interesses materiais colonialistas. Organizar um partido “insurrecional”, muito menos. Os olhos e ouvidos do big brother estão atentos e a polícia prontinha para reprimir. Isto lembra que Rosa de Luxemburgo foi assassinada por comunistas em nome da “democracia” e os irmãos Castro torturam e matam até hoje.
Os “marxianos”, os “comunistas”, os seguidores de Enver Hoxa, de Mao e Stalin, trotsquistas, socialistas e capitalistas no poder, lutam pela “purificação” de sua “democracia” para que o indivíduo suma do mapa, dando lugar a massa submetida, sem possibilidade de informação, educação, saúde, segurança, manifestação... “Direitos humanos” incabíveis na democracia de fancaria.
Nossos direitos, nossas liberdades democráticas assumem vertiginosamente a condição de concessões do Estado, manipulado pelo poder controlador da economia mundial, que desconhece o homem como natureza. Eles propagam a luta contra a natureza. Esta crença nos distancia do convívio com as leis do cosmos. E somos reféns do caos, lutando contra nós mesmos.
21 de fevereiro de 2012
Arlindo Montenegro é Apicultor.
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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