Não
satisfeito em dominar o presente, o PT prepara-se para tentar reescrever o
passado. Farto dinheiro público será destinado a construir no ABC paulista um
museu de adoração ao metalúrgico que se tornou presidente da República.
Em paralelo, o partido que pior convive com críticas investe em cercear os meios de comunicação, por todos os meios.
O Ministério
da Cultura vai dar R$ 14,4 milhões para que a prefeitura de São Bernardo do
Campo (SP) erga o museu do Lula, oficialmente batizado de Museu do Trabalho e
do Trabalhador.
Outros R$ 3,6 milhões serão investidos pela prefeitura local, comandada pelo petista Luiz Marinho.
"É evidente que ele (Lula) terá uma presença muito forte. Queremos que o visitante se sinta como se estivesse dentro das assembleias de metalúrgicos", admitiu o prefeito, segundo a Folha de S.Paulo Recursos audiovisuais vão reproduzir o ambiente dos comícios sindicais dos anos 1970 e 1980.
O museu do Lula é uma das raras iniciativas da pouco operosa ministra Ana de Hollanda. E mais um dos muitos mimos do governo petista a São Bernardo desde que Marinho foi eleito:
na gestão Dilma Rousseff, a cidade-berço do PT é a mais beneficiada por repasses federais feitos por meio de convênios.
É a onipresente política dos amigos do rei praticada pelo petismo.
"Em 2008, antes de Marinho assumir, a cidade recebeu apenas R$ 5,5 milhões. O repasse de recursos para São Bernardo começou a crescer em 2010, quando passou para R$ 59,5 milhões", relata O Globo.
Vale dizer que, antes do petista, o município era comandado por um ferrenho opositor do PT, William Dib, hoje deputado pelo PSDB.
Mas a tentativa de reescrever a história com a pena petista não se resume à iniciativa de São Bernardo. Também passa pela instalação do "Museu da Democracia", que o Instituto Lula quer construir no centro de São Paulo num terreno público avaliado em R$ 20 milhões.
Aliás, o culto à personalidade do metalúrgico-presidente também não é novidade no distorcido padrão de conduta petista. Basta lembrar que um dos campos de petróleo da Bacia de Santos foi singelamente batizado de "Lula", como se se referisse, inocentemente, ao molusco.
É certo que, tanto em relação ao "trabalho e ao trabalhador", quanto à "democracia", o PT foi apenas um dos protagonistas da história brasileira. No caso da última, com muitas ressalvas - como na recusa a sufragar Tancredo Neves no colégio eleitoral, a assinar a Constituição de 1988, a apoiar o Plano Real, a sustentar o governo de Itamar Franco...
Enquanto se ocupa de tingir o passado com as cores que lhe convém, o PT avança sobre os registros do presente. É o que acontece, agora, nos preâmbulos da CPI do Cachoeira:
o partido de Lula, Dilma e José Dirceu quer aproveitar a investigação para tentar fazer prosperar sua obtusa tese d controle da mídia.
Outros R$ 3,6 milhões serão investidos pela prefeitura local, comandada pelo petista Luiz Marinho.
"É evidente que ele (Lula) terá uma presença muito forte. Queremos que o visitante se sinta como se estivesse dentro das assembleias de metalúrgicos", admitiu o prefeito, segundo a Folha de S.Paulo Recursos audiovisuais vão reproduzir o ambiente dos comícios sindicais dos anos 1970 e 1980.
O museu do Lula é uma das raras iniciativas da pouco operosa ministra Ana de Hollanda. E mais um dos muitos mimos do governo petista a São Bernardo desde que Marinho foi eleito:
na gestão Dilma Rousseff, a cidade-berço do PT é a mais beneficiada por repasses federais feitos por meio de convênios.
É a onipresente política dos amigos do rei praticada pelo petismo.
"Em 2008, antes de Marinho assumir, a cidade recebeu apenas R$ 5,5 milhões. O repasse de recursos para São Bernardo começou a crescer em 2010, quando passou para R$ 59,5 milhões", relata O Globo.
Vale dizer que, antes do petista, o município era comandado por um ferrenho opositor do PT, William Dib, hoje deputado pelo PSDB.
Mas a tentativa de reescrever a história com a pena petista não se resume à iniciativa de São Bernardo. Também passa pela instalação do "Museu da Democracia", que o Instituto Lula quer construir no centro de São Paulo num terreno público avaliado em R$ 20 milhões.
Aliás, o culto à personalidade do metalúrgico-presidente também não é novidade no distorcido padrão de conduta petista. Basta lembrar que um dos campos de petróleo da Bacia de Santos foi singelamente batizado de "Lula", como se se referisse, inocentemente, ao molusco.
É certo que, tanto em relação ao "trabalho e ao trabalhador", quanto à "democracia", o PT foi apenas um dos protagonistas da história brasileira. No caso da última, com muitas ressalvas - como na recusa a sufragar Tancredo Neves no colégio eleitoral, a assinar a Constituição de 1988, a apoiar o Plano Real, a sustentar o governo de Itamar Franco...
Enquanto se ocupa de tingir o passado com as cores que lhe convém, o PT avança sobre os registros do presente. É o que acontece, agora, nos preâmbulos da CPI do Cachoeira:
o partido de Lula, Dilma e José Dirceu quer aproveitar a investigação para tentar fazer prosperar sua obtusa tese d controle da mídia.
Nota
divulgada ontem pela cúpula do PT defende "a urgência de uma regulação
que, preservada a liberdade de imprensa e livre expressão de pensamento, amplie
o direito social à informação".
Segundo o documento, trata-se de "questão sempre destacada em nossas campanhas".
É verdade:
basta surgir o risco de que mais podres do partido venham à tona - seja por meio da investigação regular do Parlamento, seja pelo trabalho lícito da imprensa - que o petismo corre para sacar suas armas, ameaçando amordaçar os meios de comunicação. Por que tanto horror à luz?
Investigar a imprensa não é o que está em jogo.
Cerceá-la, muito menos.
O que se pretende com a CPI é uma apuração ampla da teia de desvios montada por um contraventor dentro do aparato do Estado.
Mas a intenção do petismo é desviar o foco do que interessa.
O PT está empenhado mesmo é em reescrever a história, e não só de Lula ou do sindicalismo, mas do gigantesco esquema de corrupção que ficará conhecido, para todo o sempre, como mensalão
Segundo o documento, trata-se de "questão sempre destacada em nossas campanhas".
É verdade:
basta surgir o risco de que mais podres do partido venham à tona - seja por meio da investigação regular do Parlamento, seja pelo trabalho lícito da imprensa - que o petismo corre para sacar suas armas, ameaçando amordaçar os meios de comunicação. Por que tanto horror à luz?
Investigar a imprensa não é o que está em jogo.
Cerceá-la, muito menos.
O que se pretende com a CPI é uma apuração ampla da teia de desvios montada por um contraventor dentro do aparato do Estado.
Mas a intenção do petismo é desviar o foco do que interessa.
O PT está empenhado mesmo é em reescrever a história, e não só de Lula ou do sindicalismo, mas do gigantesco esquema de corrupção que ficará conhecido, para todo o sempre, como mensalão
14 de abril de 2012
Fonte: Instituto Teotônio Vilela
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