Você quer testar
sua capacidade de sentir ou ter preconceito? É muito simples. Primeiro você
junta tudo o que sabe, ou pensa que sabe, sobre preconceito; a seguir você mede
qual a reação do seu coração medindo seu pulso diante de uma situação de
“preconceito”, ou pela quantidade de saliva que pode descer de sua boca, ou
então, o que é mais fácil, você libera um ar de indignação
completa.
Se você achar
muito difícil testar o seu preconceito você pode usar o exemplo que
darei:
Você vem
caminhando por uma rua, no mesmo instante você percebe um pitbull vindo em sua
direção. Você calmamente, sem nenhum preconceito contra os pitbulls, o desafia,
até com um olhar agressivo, e passa por ele. Você se conforta porque ninguém
poderá acusá-lo de ter preconceito.
Ou você para e
pensa se deve cruzar pelo pitbull, pensando na sua integridade física, nos
longos dias no hospital sem os seus filhos por perto, e você decide na base do
mais odioso preconceito contra pitbulls mudar de calçada.
Se você não
entendeu o exemplo avise o Paulo Sant’ana que você está indeciso quanto a
enfrentar pitbulls, demonstrando assim para a maioria do povo brasileiro que
você está livre deste terrível sentimento, ou que você mandará às favas o
“preconceito” e desviará cautelosamente do cão.
Pois preconceito
é isso. Um exemplo muito didático de como tratar com o preconceito foi dado pela
senadora do PP Ana Amélia Lemos. A Senadora disse que apóia a Manuela D’Ávila,
candidata à prefeitura de Porto Alegre, apesar do nome do seu partido, o PC do B
(Partido Comunista do Brasil). A Senadora referiu que: “a única coisa
(resistência) é que no nome do partido está escrito a palavra comunista. E isto
causa algum tipo de tensão e até um preconceito”. (Zero Hora,
16/04/2012).
Curiosa a idéia
de preconceito da Senadora. Ou, o curioso sou eu que levanta a questão do
preconceito para dizer claramente que preconceito é o conhecimento acumulado dos
povos, como dizia Edmund Burke. Ora, caríssima senadora, os comunistas provocam
“alguma tensão” e geram até “preconceito” porque mataram mais de 200 milhões de
seres humanos nos dois últimos séculos. Fizeram mais, destruíram as religiões,
torturaram padres católicos, estupraram freiras católicas, fizeram um bispo da
Romênia engolir a própria urina e comer as próprias fezes. Os comunistas de
Stalin, o queridinho do Chico Buarque e do Niemeyer, mataram 7 milhões de russos
ucranianos em 1932-33. O comunismo de Mao Tse Tung matou um número ainda não
calculável de chineses, uns 40 ou 50 milhões de pessoas. Será que Stalin e Mao
tinham algum tipo de preconceito contra a humanidade e seu próprio
povo?
Como pitbulls
assassinos - sim, assassinos, perigosos, inconfiáveis -, os comunistas
causaram algum tipo de tensão na humanidade.
A senadora tem a
mesma idéia de preconceito do povão brasileiro que foi enganado, engambelado,
aceitando pacificamente a distorção dos significados, a inversão da realidade e
até o conceito falso de preconceito (criado, vejam só!, pelos comunistas e
socialistas que dominam o Brasil). Tal conceito, distorcido, se entranhou na
mente nacional.
Ora, Senadora,
faça a escolha eleitoreira que quiser, mas o comunismo continuará a ser
comunismo com todos os efeitos que lhe é próprio. Saiba Senadora, que se eu
cruzar com a Senhora em alguma calçada da vida, eu vou mudar de calçada. Se eu
der de cara com a Dep. Manoela D'Ávila eu vou ter que voltar
correndo!
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