No último dia 4, Vanessa Mendonça, mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira, que está preso desde 29 de fevereiro, como uma espécie de porta voz do marido, afirmou em entrevistas: “O Cachoeira está em paz, muito bem, muito equilibrado. Ele está muito bem orientado por três advogados. Eu tenho certeza de que ele não quer prejudicar ninguém. Ele não é uma pessoa fria. Mas também não está nervoso.
É uma pessoa bem preparada e bem orientada para enfrentar esse momento. Eu conversei com alguns deputados sobre como seria (sua ida para o depoimento), e eles me garantiram que ele não vai algemado ou com roupa imprópria, da prisão. Eles me disseram que tem um regimento que garante que ele compareça sem algemas, com traje costume, terno e camisa social.” e anda complementou que ele aproveitará o momento para defender a legalização dos jogos no país.
O curioso é que esse pronunciamento, seja totalmente o posto daquele que ela mesmo fez no dia 28/4. Nesse conta que Cachoeira tem alternado momentos de serenidade e ira — e, no último encontro, segundo ela, desabafou: “Vou explodir”.
“É difícil entender o que se passa na cabeça dele. Uma hora ele está bem e logo depois ele muda. Pode ser um ataque de fúria, porque ele está preso. Carlinhos não é qualquer preso. É Carlinhos Cachoeira. Quando ele fala em explodir, a gente pode imaginar o que seja”.
Fica difícil não entender, que entre as duas afirmações, aconteceu um arranjo safado. Certamente a Carlinhos foi oferecido uma espécie de “benefício silêncio”; ele não entrega ninguém e o dito fica pelo não dito. O contraventor vai ser soltinho, com a ficha limpa, lutando pela legalização do jogo, podendo comprar seu partido político, fazer seus prefeitos e quem sabe, até eleger um seu presidente, do PT, bem entendido.
Giulio Sanmartini.
06 de maio de 2012
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