Acabo do visitar Berlim. É minha quarta viagem a esta cidade cativante, que
foi o coração da Europa cultural entre 1918 e 1933 (enquanto durou a República
de Weimar) e que superou, na total miséria do pós-guerra, a capacidade, a
arquitetura, a literatura, a música, e o design de Paris ou de Londres. Cheguei
a ela como jornalista em oportunidades muito diferentes, no meio da Guerra Fria
e depois da unificação e da derrubada do Muro.
Desta vez, para visitar o novo Museu Histórico do Povo Alemão, posicionei-me na parada de um bonde elétrico ultramoderno. Um sinal eletrônico nos avisava quanto tempo levaria para chegar.
O bonde chegou no horário previsto. No hall de entrada do museu fiquei com vergonha de meu país. Existem duas grandes estátuas. Uma delas é de Lênin, que não era alemão, mas um russo autêntico.
Porque ele estava ali, em um altar de bronze pesado? Simples: o líder bolchevique teve uma forte influência na vida política da Alemanha. É parte de sua história. É patrimônio nacional.
Em Berlim, o coração de uma Alemanha unificada e próspera, não há ressentimentos nem ninguém que queira vingança. Tem três belas avenidas, cercadas por árvores. Uma delas tem o nome de Karl Marx, a outra, Rosa Luxemburg e a terceira, Karl Liebknecht.
As autoridades respeitaram os nomes colocados pelos alemães orientais, alemães que agora são simplesmente alemães, sem distinções territoriais. Rosa Luxemburg e seu parceiro Karl Liebknecht tornaram-se líderes de um movimento revolucionário comunista no final da Primeira Guerra Mundial.
Há também, às margens do Rio Speer, um museu de vestimentas usadas na época da Alemanha comunista. Muito respeitoso, com panfletos explicativos didáticos, escritos sem rancor, mostrando detalhes muito preciosos das formas de vida, trabalho, realizações tecnológicas, habitação e transporte.
26 de junho de 2012
Artigo enviado por Mário Assis
Desta vez, para visitar o novo Museu Histórico do Povo Alemão, posicionei-me na parada de um bonde elétrico ultramoderno. Um sinal eletrônico nos avisava quanto tempo levaria para chegar.
O bonde chegou no horário previsto. No hall de entrada do museu fiquei com vergonha de meu país. Existem duas grandes estátuas. Uma delas é de Lênin, que não era alemão, mas um russo autêntico.
Porque ele estava ali, em um altar de bronze pesado? Simples: o líder bolchevique teve uma forte influência na vida política da Alemanha. É parte de sua história. É patrimônio nacional.
Em Berlim, o coração de uma Alemanha unificada e próspera, não há ressentimentos nem ninguém que queira vingança. Tem três belas avenidas, cercadas por árvores. Uma delas tem o nome de Karl Marx, a outra, Rosa Luxemburg e a terceira, Karl Liebknecht.
As autoridades respeitaram os nomes colocados pelos alemães orientais, alemães que agora são simplesmente alemães, sem distinções territoriais. Rosa Luxemburg e seu parceiro Karl Liebknecht tornaram-se líderes de um movimento revolucionário comunista no final da Primeira Guerra Mundial.
Há também, às margens do Rio Speer, um museu de vestimentas usadas na época da Alemanha comunista. Muito respeitoso, com panfletos explicativos didáticos, escritos sem rancor, mostrando detalhes muito preciosos das formas de vida, trabalho, realizações tecnológicas, habitação e transporte.
26 de junho de 2012
Artigo enviado por Mário Assis
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