O mundo ocidental passa por um processo cada
vez mais patente de restrição das liberdades. Países da União Européia, e das
Américas estão sendo cada vez mais dominados pela ditadura do politicamente
correto que nada mais é do que um emaranhado de ideologias que, em nome de
garantir as liberdades, cada vez mais calam e silenciam desde o cidadão comum
até conglomerados da mídia. Nem mesmo os Estados Unidos estão imune a este mal.
Lá, como cá, as pessoas estão cada vez mais direcionadas a pensar da maneira
como se quer que elas pensem e não de acordo com suas experiências e formação
familiar.
Nas últimas quatro décadas pelo menos,
idéias-força vêm sendo criadas com o objetivo de imprimir na mente da população,
verdades universais que se tornam inquestionáveis e imunes a qualquer tipo de
crítica ou questionamento.
Exemplos não faltam. Para ilustrar, basta que alguém
questione o aquecimento global antropogênico, seja contra a homossexualidade ou
aos diversos tipos de cotas que imediatamente uma multidão de censores bradará
contra seu posicionamento.
Afinal, o homem é responsável pelo aquecimento
global, a homossexualidade é linda e maravilhosa e as cotas são o supra-sumo da
justiça. Qualquer opinião contrária a estes verdadeiros princípios fundamentais
da humanidade deve ser censurada e criminalizada.
Sob os argumentos como "os gays precisam ser
protegidos, o meio ambiente preservado, e os excluídos amparados",
progressivamente são aprovadas leis que criminalizam toda a opinião divergente
do determinado pelo politicamente correto.
A lei anti-homofobia é o exemplo mais
claro. Não obstante, toda a sorte de estudos científicos, estatísticos e
históricos que questionem estes e outros princípios (feminismo,
sustentabilidade, etc) é imediatamente relegado às trevas.
Para estes estudos,
não há financiamento público nem incentivo estatal. Muito pelo contrário. A
campanha é justamente a da falsidade peremptória, onde tudo aquilo que vá de
encontro aos postulados determinados é automaticamente considerado falso, não
interessando se os métodos de pesquisa e os dados estejam rigorosamente
corretos.
Para aqueles que pensam estar na escola a
solução para esta padronização de idéias, atenção. É justamente nela que elas
são replicadas e difundidas nas cabeças de nossos estudantes. Com o Estado tendo
o monopólio do currículo educacional, nossos futuros pensadores serão apenas
difusores das idéias-força determinadas pela elite esquerdista já estabelecida
em todos os setores da política, educação e meios de comunicação.
O grande truque para o sucesso de tal lavagem
cerebral é a difusão sistemática de que, para garantir a liberdade de todos é
preciso proteger as assim chamadas minorias. Com este argumento romanticamente
defendido e diabolicamente planejado, as pessoas começam a aceitar progressivas
retaliações nas suas atitudes e opiniões.
Não conseguem perceber que caminham
lentamente para o controle estatal completo de seus pensamentos e atitudes em
virtude se viverem iludidos em uma névoa de novas leis morais e comportamentais
determinados pela "opinião pública" e "pela maioria", dois conceitos
suficientemente abstratos para serem manipulados de forma a constituírem-se em
expressão verdadeira da vontade geral, quando na verdade não passam de
ferramentas utilizadas para a homogeneização do pensamento.
Com o controle dos mecanismos formadores de
opinião e da educação fica extremamente fácil falsificar os dados: basta que se
publiquem pesquisas de opinião em institutos "independentes" para que se
transmutem na expressão inequívoca da verdade. Assim, a opinião publicada passa
a ser a opinião pública, formadora e padronizadora de idéias.
Nenhum exemplo é mais ilustrativo para
compreendermos como funciona este mecanismo como a famigerada lei
anti-homofobia. Nesta lei a opinião contrária à prática homossexual é
criminalizada. Vejam bem, a opinião!
A desculpa: para garantirmos a liberdade
dos gays que vivem num malvado país homofóbico. A proibição do fumo em bares e
restaurantes segue na mesma linha: o proprietário do estabelecimento não pode
permitir o acesso de fumantes em seu estabelecimentos. A desculpa: para
preservar a saúde dos demais frequentadores.
Vejam que de uma só tacada foram
retiradas três liberdades: a do dono do restaurante de permitir fumantes, a dos
fumantes de ir a bares e restaurantes e a dos que não fumam de escolherem se
querem frequentar um ambiente com ou sem fumantes.
A lei da palmada, sob a
justificativa de proteger as crianças, retiram dos pais a liberdade de educar
seus filhos como eles próprios foram educados o que, na maioria das vezes,
requer uma palmada ou outra, além de impedir que as crianças recebam uma
formação familiar, moral e religiosa sólida.
Estes foram apenas alguns exemplos de inúmeras
leis que retiram liberdades individuais com a promessa de preservar estas mesmas
liberdades. Sem percebermos, estamos tendo cada vez mais tolhida a nossa
autonomia para expressarmos nossos posicionamentos morais, religiosos e
culturais. Não bastasse a morte lenta desta liberdade, criam-se pequenos grupos
imunes a qualquer tipo de crítica e dúvida, verdadeiros deuses da virtude. A
desculpa para isto, é a mesma ladainha de sempre: preservar a liberdade.
Sob este argumento, a sociedade vai ficando
cada vez mais segmentada e polarizada. Com a sucessiva concessão de privilégios
legais às minorias e restrições à maioria, cria-se um ambiente de crise mais
acentuado, propício ao surgimento de grupos radicais dos dois lados. Para contar
os ânimos que vão se exaltando a sociedade como um todo passa a aceitar,
inclusive a incentivar, um poder estatal ainda mais forte, a fim de conter as
animosidades e colocar "ordem na casa". E adivinhem quais as medidas que são
adotadas? Cerceamento de liberdades. O partido, que criou o problema, passa a
ser vista como sua solução.
É a lenta agonia da liberdade que passa a abrir
espaço para um verdadeiro totalitarismo. Tudo sob os aplausos calorosos de
nossos intelectuais e estudantes devidamente fardados com a face negra de Che
Guevara.
26 de junho de 2012
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