O presidente
da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou ao Valor na semana passada que "há
pressão para a votação do fim do fator previdenciário", e que a questão recebeu
apoio maciço dos líderes dos partidos. O Palácio do Planalto ainda avalia que a
votação pode ser "contornada", segundo afirmou uma fonte, mas que, no cenário em
que o projeto seja votado e aprovado no Congresso, Dilma "não hesitará" em
vetar.
"Trata-se de
algo impopular, porque ninguém é a favor do fator previdenciário, nem o próprio
governo, mas não podemos substituir uma fórmula sem colocar outra no lugar",
resumiu uma fonte graduada do governo.
O Valor apurou
que o assunto foi tratado no Palácio do Planalto entre os ministros da
Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, há
cerca de um mês, quando o projeto que prevê a extinção do fator previdenciário
ganhou força na Câmara dos Deputados. O principal defensor do projeto é o
deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), presidente licenciado da
Força Sindical e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.
Nas conversas
conduzidas por técnicos da Previdência Social com líderes das centrais
sindicais, entre o fim do ano passado e o início deste ano, a fórmula "95/105",
como é conhecida, foi rechaçada pelos sindicalistas. As centrais defendem a
substituição do fator previdenciário por uma combinação entre tempo de
contribuição e idade que some 85 anos para mulheres e 95 anos para
homens.
26 de junho de 2012
João Villaverde e Lucas Marchesini | De Brasília, no Valor
in lilicarabina
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