Relatório também indica que há uma desaceleração urbana na região
Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Manifesto em Copacabana visa combater a desigualdade social, a fome e a miséria
O estudo também mostra que em 2020, 90% da população brasileira estarão vivendo nas cidades, assim como seus vizinhos do Cone Sul (Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai). Embora seja a menos povoada em relação ao seu território, a região da América Latina e do Caribe é a mais urbanizada do mundo e quase 80% de suas populações vivem hoje nas cidades. Apesar desse panorama, após décadas de êxodo rural, o estudo demonstra que a explosão urbana é coisa do passado e que desde 2000 o crescimento médio anual da população na região tem sido inferior a 2%, crescimento considerado normal, segundo o relatório.
O estudo aponta ainda que a desaceleração populacional na região, iniciada há cerca de 20 anos, deve continuar e que até 2030 o número de habitantes na maioria dos países latino-americanos e caribenhos crescerá menos de 1% ao ano. A atual estabilidade demográfica é muito vantajosa para várias dessas nações, onde a população ativa supera em muito a de crianças e velhos.
A situação privilegiada, porém, não durará mais que 30 anos e as nações devem aproveitá-la para se preparar para um futuro sustentável, com boa estrutura para os idosos que serão maioria em algumas décadas. Para aproveitar esse momento, o estudo sugere uma série de medidas e novo modelo de crescimento diferentes dos atuais, que impulsionem a expansão das periferias, de rodovias, condomínios fechados e veículos individuais.
A proporção de pessoas vivendo em favelas diminuiu nas últimas duas décadas, mas o relatório mostra que cerca de 111 milhões de pessoas ainda vivem nesses espaços, a maioria segregada socialmente e espacialmente, com poucos locais de lazer, pouco transporte público, serviços básicos precários e poucos equipamentos sociais e estruturas produtivas.
Atualmente, 124 milhões de habitantes nas cidades vivem em situação de pobreza, uma em cada quatro pessoas nas áreas urbanas.
A elaboração do relatório foi apoiada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a Federação Latino-Americana de Cidades, Municípios e Associações de Governos Locais (Flacma), pelos Ministros e Autoridades Máximas de Habitação e Desenvolvimento Urbano da América Latina e do Caribe (Minurv) e pela Aliança para as Cidades e o Banco de Desenvolvimento na América Latina (CAF).
21 de agosto de 2012
O Globo, com agência Brasil
Manifesto em Copacabana visa combater a desigualdade social, a fome e a miséria
O Brasil é o quarto país mais desigual da América Latina, atrás somente da Guatemala, Honduras e Colômbia, informa o site G1, com base em relatório sobre as cidades latino-americanas feito pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). Entretanto o país avançou no combate à desigualdade, já que em 1990 era o líder do ranking das nações com pior distribuição de renda.
O estudo também mostra que em 2020, 90% da população brasileira estarão vivendo nas cidades, assim como seus vizinhos do Cone Sul (Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai). Embora seja a menos povoada em relação ao seu território, a região da América Latina e do Caribe é a mais urbanizada do mundo e quase 80% de suas populações vivem hoje nas cidades. Apesar desse panorama, após décadas de êxodo rural, o estudo demonstra que a explosão urbana é coisa do passado e que desde 2000 o crescimento médio anual da população na região tem sido inferior a 2%, crescimento considerado normal, segundo o relatório.
O estudo aponta ainda que a desaceleração populacional na região, iniciada há cerca de 20 anos, deve continuar e que até 2030 o número de habitantes na maioria dos países latino-americanos e caribenhos crescerá menos de 1% ao ano. A atual estabilidade demográfica é muito vantajosa para várias dessas nações, onde a população ativa supera em muito a de crianças e velhos.
A situação privilegiada, porém, não durará mais que 30 anos e as nações devem aproveitá-la para se preparar para um futuro sustentável, com boa estrutura para os idosos que serão maioria em algumas décadas. Para aproveitar esse momento, o estudo sugere uma série de medidas e novo modelo de crescimento diferentes dos atuais, que impulsionem a expansão das periferias, de rodovias, condomínios fechados e veículos individuais.
A proporção de pessoas vivendo em favelas diminuiu nas últimas duas décadas, mas o relatório mostra que cerca de 111 milhões de pessoas ainda vivem nesses espaços, a maioria segregada socialmente e espacialmente, com poucos locais de lazer, pouco transporte público, serviços básicos precários e poucos equipamentos sociais e estruturas produtivas.
Atualmente, 124 milhões de habitantes nas cidades vivem em situação de pobreza, uma em cada quatro pessoas nas áreas urbanas.
A elaboração do relatório foi apoiada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a Federação Latino-Americana de Cidades, Municípios e Associações de Governos Locais (Flacma), pelos Ministros e Autoridades Máximas de Habitação e Desenvolvimento Urbano da América Latina e do Caribe (Minurv) e pela Aliança para as Cidades e o Banco de Desenvolvimento na América Latina (CAF).
21 de agosto de 2012
O Globo, com agência Brasil
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