"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 6 de agosto de 2012

NA CÂMARA MUNICIPAL DO RIO, MOTORISTA GANHA MAIS DO QUE VEREADOR

Alguns funcionários da Câmara Municipal do Rio recebem supersalários que, em alguns casos, chegam a ser bem maiores que o vencimento de um vereador, atualmente, na faixa de R$ 15 mil.
Para temos uma ideia, um dos 11 motoristas da Casa recebe, brutos, R$ 27.021,55; o líquido chega a R$ 20.629,53. Um dos secretários datilógrafos tem direito, entre salários e vantagens, a R$ 29.062,53; um taquígrafo legislativo fica com R$ 27.244,83. Os vencimentos de um procurador chegam a R$ 48.871,27, com descontos, ele recebe R$ 32.560.08.

As distorções estão em todas as carreiras. Um dos agentes de segurança legislativa recebe R$ 18.895,85 e, um dos três agentes de manutenção de instalações elétricas, tem salário de R$ 16.109,92.
Entre os enfermeiros, há quem receba R$ 19.905,95, um dos assistentes legislativos recebe R$ 33.956,39 e os auxiliares de serviços administrativos têm vencimentos de R$ 14.012,92.

Na verdade, todos os 773 funcionários efetivos da Câmara têm vencimentos altos. O motorista que recebe menos tem contracheque de R$ 11.244,69, já o menor salário é o de um secretário datilógrafo: R$ 12.637,60.

A lista, publicada na última sexta-feira, não é nominal. O Presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB) afirmou que “a procuradoria da Casa sugeriu a não divulgação dos nomes dos funcionários porque ainda haveria discussão jurídica sobre o tema. Além dos estatutários, a Câmara tem 1.428 funcionários comissionados”.

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