LONDRES – Um debate nervoso movimentou recentemente os Estados Unidos depois que os americanos souberam que boa parte das bandeiras nacionais que eles tanto louvam é fabricada na China.
Chinesa faz bandeira americana
Logo onde – no país que rapidamente caminha para roubar dos Estados Unidos o posto de maior economia do mundo.
Na mesma linha, houve revolta quando a imprensa americana revelou que os uniformes da delegação olímpica americana, embora com a grife Ralph Lauren, são também made in China. Um político americano chegou a sugerir que as roupas dos atletas fossem empilhadas e queimadas.
São dois casos típicos de patriotismo obtuso.
As bandeiras e os uniformes são feitos na China porque a mão de obra lá é (pelo menos por enquanto) mais barata. As grandes empresas americanas que, como a Ralph Lauren e tantas outras, transferiram nas últimas décadas fábricas para países em que os custos do trabalho são menores raciocinam não pelo orgulho patriótico e sim – e com razão – pela lógica dos lucros.
O patriotismo fica confinado à voz rouca das ruas – e mesmo assim parcialmente. Nos anos 1960, os americanos subitamente se deram conta de que os carrinhos japoneses estavam tomando o lugar, nas ruas, dos carrões de Detroit. Nos espasmos patrióticos, surgiu a idéia de boicotar os carros japoneses.
Mas também os consumidores, no final, se comovem mais com o próprio bolso do que com o patriotismo. Eles vão comprar o que for mais em conta.
A revolta antiprodutos chineses vem numa hora peculiar. Os empresários na China começam a viver o mesmo problema que seus pares americanos enfrentaram: o aumento das despesas relativas à mão de obra.
Muitos deles estão transferindo suas fábricas para países em que os salários são menores, como Vietnã, Tailândia e Cambodja.
A China tem que dar um salto em seu avanço. Vender ao mundo não apenas bandeiras, ou uniformes de atletas, ou bugigangas em geral – mas produtos de alto valor e alta tecnologia.
O exemplo a ser seguido, aí, é a Alemanha – cujas BMWs fazem grande sucesso na China sem que os chineses tenham surtos de patriotismo obtuso como os dos consumidores americanos.
Chinesa faz bandeira americana
Logo onde – no país que rapidamente caminha para roubar dos Estados Unidos o posto de maior economia do mundo.
Na mesma linha, houve revolta quando a imprensa americana revelou que os uniformes da delegação olímpica americana, embora com a grife Ralph Lauren, são também made in China. Um político americano chegou a sugerir que as roupas dos atletas fossem empilhadas e queimadas.
São dois casos típicos de patriotismo obtuso.
As bandeiras e os uniformes são feitos na China porque a mão de obra lá é (pelo menos por enquanto) mais barata. As grandes empresas americanas que, como a Ralph Lauren e tantas outras, transferiram nas últimas décadas fábricas para países em que os custos do trabalho são menores raciocinam não pelo orgulho patriótico e sim – e com razão – pela lógica dos lucros.
O patriotismo fica confinado à voz rouca das ruas – e mesmo assim parcialmente. Nos anos 1960, os americanos subitamente se deram conta de que os carrinhos japoneses estavam tomando o lugar, nas ruas, dos carrões de Detroit. Nos espasmos patrióticos, surgiu a idéia de boicotar os carros japoneses.
Mas também os consumidores, no final, se comovem mais com o próprio bolso do que com o patriotismo. Eles vão comprar o que for mais em conta.
A revolta antiprodutos chineses vem numa hora peculiar. Os empresários na China começam a viver o mesmo problema que seus pares americanos enfrentaram: o aumento das despesas relativas à mão de obra.
Muitos deles estão transferindo suas fábricas para países em que os salários são menores, como Vietnã, Tailândia e Cambodja.
A China tem que dar um salto em seu avanço. Vender ao mundo não apenas bandeiras, ou uniformes de atletas, ou bugigangas em geral – mas produtos de alto valor e alta tecnologia.
O exemplo a ser seguido, aí, é a Alemanha – cujas BMWs fazem grande sucesso na China sem que os chineses tenham surtos de patriotismo obtuso como os dos consumidores americanos.
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