"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 16 de agosto de 2012

NOVA ORDEM MUNDIAL: RELATIVISMO MORAL E NEO-PAGANISMO PÕEM EM RISCO SOBREVIVÊNCIA DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL



Embora seja ateu jamais descartei a importância da moral judaico-cristã na configuração da civilização ocidental. Creio que a maioria dos valores morais e éticos que deram forma a uma visão de mundo predominane no Ocidente deriva desses dois ramos do pensamento humano de raiz religiosa.
Seria ocioso imaginar a civilização ocidental e seu apreciável desenvolvimento e organização social sem o contributo decorrente dessas duas vertentes.
No vídeo acima o Padre Paulo Ricardo, faz a abordagem de uma questão que é real e ameaçadora à civilização ocidental. Alude a um livro que traz ao debate a denominada Nova Ordem Mundial que tem na ONU e em organizações civis como fundações, ONGs, e os tais "think tanks", os veículos de difusão de um relativismo moral e ético que, através de um sutil jogo semântico, avança no sentido de impor essa nova ordem em nível global.
Esse relativismo moral postula uma espécie de neo-paganismo que reduziria o ser humano a um intruso que estraga a festa da natureza, como se ele próprio, o ser humano, não fosse produto dessa mesma natureza.
Parte dessa sinistra construção mental já é expressada pelo pensamento politicamente correto e se materializa, por exemplo, no fanatismo ecológico, responsável pela criação de conceitos completamente idiotas como o de "sustentatibilidade", algo improvável do ponto de vista da física.
Ao reduzir os seres humanos a desprezíveis intrusos assesta-se um golpe mortal no seu bem maior, que é a liberdade. E mais ainda, no seu direito à vida e à procriação.
Na resta nenhuma dúvida que o triunfo da Nova Ordem Mundial tem por fim último a questão de ordem política, isto é, a luta pelo poder e sua manutenção dentro de um novo patamar institucional de viés globalizante que desmonta todos os mecanismos democráticos e a soberania das Nações.
É um assunto que vinha sendo cinicamente ridicularizado justamente por aqueles que estão imbuídos desse nesfasto propósito de destruir a civilização ocidental. Até há pouco tempo falar sobre a Nova Ordem Mundial era alimentar mais uma teoria conspiratória.
Entretanto, as coisas ficam cada vez mais claras. Tudo indica que o mundo caminha para uma conflagração global, porém não mais no modelo das guerras convencionais.
Este confronto já está ocorrendo no plano da cultura através de uma lenta lavagem cerebral que modifica, anula ou cria novos conceitos. No lugar de "liberdade" aparece algo como "sustentabilidade"; no lugar dos "direitos individuais", sugere-se os "coletivos".
Na medida em que se anula os direitos individuais atomizando-os nos "coletivos", tem-se o fim da liberdade e da democracia, porque a sede da liberdade é o indivíduo. O coletivo degenera a individualidade. No coletivo ninguém é livre, porquanto está sujeito a uma deliberação induzida por uma camarilha dirigente. Há sempre alguém que conduz a assembléia, não é mesmo?
Esta aí portanto um tema para ser pensado e debatido.
O vídeo do Pe. Paulo Ricardo e o livro que ele sugere podem ser um bom começo, por que não?
16 de agosto de 2012
in aluizio amorim

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