Estudo mostra que 8 bilhões de litros de esgoto são despejados por dia em rios e mares
A pesquisa apontou ainda que 40% da população das maiores cidades do país não têm acesso à coleta de resíduos, um total de 31 milhões de pessoas. No ranking de saneamento básico promovido pela entidade, a segunda cidade mais rica do país, o Rio de Janeiro ficou na 37ª posição, com um índice de coleta de esgoto de 70,12% da população. A capital fluminense ficou atrás de outras capitais como Brasília (11ª), Curitiba (12ª), São Paulo (18ª) e Salvador (32ª). Do total de 100 municípios consultados, um terço do total informou índices de coleta de esgoto superiores a 80% da população.
Nas primeiras posições do ranking, com 100% de coleta de resíduos, estão Belo Horizonte (MG), Santos (SP), Jundiaí (SP), Piracicaba (SP) e Franca (SP). Outro um terço do total, por sua vez, apresentou percentuais entre 0% a 40%, como Macapá (AP), Porto Velho (RO) e Belém (PA). A cidade de Niterói, que alcançou a 9ª posição no ranking, apresentou um índice de coleta de esgoto de 92,65% da população.
A pesquisa apontou ainda que, em média, os 100 maiores municípios investiram em 2010 apenas 28% de sua receita em saneamento básico. A maioria deles, 60% do total, não investiu nem 20% de sua receita para ampliar a coleta de resíduos.
O levantamento do Instituto Trata Brasil mostra um cenário diferente em relação à oferta de água tratada no país. Em 2010, 90,94% da população das maiores cidades do país tiveram acesso à água tratada, um total de 70 milhões de pessoas. O índice foi superior à média nacional, medida pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico, do Ministério das Cidades, que foi de 81,1%.
Na grande maioria das cidades pesquisadas, 89%, 80% ou mais da população é atendida com água tratada, tendo 20% delas oferta completa. No Rio de Janeiro, 91,16% da população tem acesso à água tratada. Em Niterói, o percentual chega a 100%.
16 de agosto de 2012
Gustavo Uribe - O Globo
A universalização do saneamento básico, uma das principais promessas em período de campanha eleitoral, ainda está longe de ser alcançada no país. A última edição do levantamento Instituto Trata Brasil, divulgada nesta quinta-feira, mostrou que 63,72% do volume de esgoto gerado nas 100 maiores cidades do país, no ano de 2010, não passou por tratamento adequado. O total de resíduos despejados nos rios e mares, por dia, chegou, segundo a entidade, a cerca de 8 bilhões de litros, o que equivale ao volume de 3,2 mil piscinas olímpicas.
A pesquisa apontou ainda que 40% da população das maiores cidades do país não têm acesso à coleta de resíduos, um total de 31 milhões de pessoas. No ranking de saneamento básico promovido pela entidade, a segunda cidade mais rica do país, o Rio de Janeiro ficou na 37ª posição, com um índice de coleta de esgoto de 70,12% da população. A capital fluminense ficou atrás de outras capitais como Brasília (11ª), Curitiba (12ª), São Paulo (18ª) e Salvador (32ª). Do total de 100 municípios consultados, um terço do total informou índices de coleta de esgoto superiores a 80% da população.
Nas primeiras posições do ranking, com 100% de coleta de resíduos, estão Belo Horizonte (MG), Santos (SP), Jundiaí (SP), Piracicaba (SP) e Franca (SP). Outro um terço do total, por sua vez, apresentou percentuais entre 0% a 40%, como Macapá (AP), Porto Velho (RO) e Belém (PA). A cidade de Niterói, que alcançou a 9ª posição no ranking, apresentou um índice de coleta de esgoto de 92,65% da população.
A pesquisa apontou ainda que, em média, os 100 maiores municípios investiram em 2010 apenas 28% de sua receita em saneamento básico. A maioria deles, 60% do total, não investiu nem 20% de sua receita para ampliar a coleta de resíduos.
O levantamento do Instituto Trata Brasil mostra um cenário diferente em relação à oferta de água tratada no país. Em 2010, 90,94% da população das maiores cidades do país tiveram acesso à água tratada, um total de 70 milhões de pessoas. O índice foi superior à média nacional, medida pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico, do Ministério das Cidades, que foi de 81,1%.
Na grande maioria das cidades pesquisadas, 89%, 80% ou mais da população é atendida com água tratada, tendo 20% delas oferta completa. No Rio de Janeiro, 91,16% da população tem acesso à água tratada. Em Niterói, o percentual chega a 100%.
16 de agosto de 2012
Gustavo Uribe - O Globo
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