É um eterno jogo de faz de conta. Os jornais alardeiam que o governo federal
autorizou a liberação de mais de R$ 333,5 mil para programas internacionais de
combate à lavagem de dinheiro e terrorismo, cujos valores serão convertidos em
dólar norte-americano e canadense, além de euro.
Mas é um posicionamento meramente teórico, porque na prática o que menos se combate em nosso país é justamente a lavagem de dinheiro e o consequente enriquecimento ilícito (no caso específico do Brasil, o terrorismo acaba entrando de contrabando nessa história toda, pois é um problema que praticamente inexiste por aqui).
É desalentador constatar que, mais de 80 anos depois da prisão de Al Capone nos Estados Unidos, até hoje a lição não foi aprendida pelas autoridades brasileiras, que continuam fazendo vista grossa ao enriquecimento ilícito de criminosos de todo tipo, especialmente autoridades que desviam preciosos recursos púbicos.
FALTA VONTADE POLÍTICA
Se o Brasil realmente estivesse disposto a combater lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, não lhe faltam instrumentos. Basta cruzar os dados existentes nos cartórios de imóveis dos bairros mais luxuosos com as informações dos registros de veículos, iates e aviões.
Depois, conferir com a declaração de renda dos felizes proprietários e verificar se é possível justificar a acumulação dessas riquezas.
Na era da computação, não há a menor dificuldade para identificar enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro. E nem adianta usar testas-de-ferro ou laranjas, porque também podem ser facilmente desmascarados e imediatamente conduziriam os policiais aos verdadeiros donos, pois não existe como ocultar esse tipo de ligação.
Se houvesse o cruzamento desses dados, criminosos já claramente identificados como o governador Sergio Cabral, seu ex-concunhado Fernando Cavendish e seu secretário de Saúde Sergio Cortes já estariam atrás das grades há muito tempo. Suas fortunas são inexplicáveis, há abundância de provas.
Mas o Ministério Público não se mexe, a Polícia nada vê e a Justiça é conivente. Resumindo: não há vontade política e as autoridades (principais beneficiárias da lavagem de dinheiro) continuam se comportando como se não houvesse pecado ao Sul do Equador, sacada genial de Chico Buarque e Ruy Guerra na peça “Calabar”.
E la nave va, nesse país do faz de conta, onde reina a impunidade.
14 de setembro de 2012
Carlos Newton
Mas é um posicionamento meramente teórico, porque na prática o que menos se combate em nosso país é justamente a lavagem de dinheiro e o consequente enriquecimento ilícito (no caso específico do Brasil, o terrorismo acaba entrando de contrabando nessa história toda, pois é um problema que praticamente inexiste por aqui).
É desalentador constatar que, mais de 80 anos depois da prisão de Al Capone nos Estados Unidos, até hoje a lição não foi aprendida pelas autoridades brasileiras, que continuam fazendo vista grossa ao enriquecimento ilícito de criminosos de todo tipo, especialmente autoridades que desviam preciosos recursos púbicos.
FALTA VONTADE POLÍTICA
Se o Brasil realmente estivesse disposto a combater lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, não lhe faltam instrumentos. Basta cruzar os dados existentes nos cartórios de imóveis dos bairros mais luxuosos com as informações dos registros de veículos, iates e aviões.
Depois, conferir com a declaração de renda dos felizes proprietários e verificar se é possível justificar a acumulação dessas riquezas.
Na era da computação, não há a menor dificuldade para identificar enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro. E nem adianta usar testas-de-ferro ou laranjas, porque também podem ser facilmente desmascarados e imediatamente conduziriam os policiais aos verdadeiros donos, pois não existe como ocultar esse tipo de ligação.
Se houvesse o cruzamento desses dados, criminosos já claramente identificados como o governador Sergio Cabral, seu ex-concunhado Fernando Cavendish e seu secretário de Saúde Sergio Cortes já estariam atrás das grades há muito tempo. Suas fortunas são inexplicáveis, há abundância de provas.
Mas o Ministério Público não se mexe, a Polícia nada vê e a Justiça é conivente. Resumindo: não há vontade política e as autoridades (principais beneficiárias da lavagem de dinheiro) continuam se comportando como se não houvesse pecado ao Sul do Equador, sacada genial de Chico Buarque e Ruy Guerra na peça “Calabar”.
E la nave va, nesse país do faz de conta, onde reina a impunidade.
14 de setembro de 2012
Carlos Newton
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