Vamos aos poucos acreditando que o Brasil está mudando para melhor com o dia-a-dia do julgamento do mensalão no STF. Um político graúdo foi condenado, a dona de um banco também e um ex-diretor do Banco do Brasil e um publicitário, todos traficantes de dinheiro roubado do povo para o partido que está no governo e para parlamentares malandros se locupletarem.
Tudo isso parece extraordinário. Quando o Movimento 31 de Julho e outras entidades da rede contra a corrupção começaram a recolher assinaturas para a campanha do Julgamento do Mensalão Já, a maioria das pessoas apostava que tudo ia dar em pizza, que o julgamento não ia acontecer e, se acontecesse, ninguém seria condenado.
Agora as questões são outras: Os condenados vão para a cadeia? Vão devolver o dinheiro roubado? Quando? E os peixões mais graúdos? O chefe da quadrilha, José Dirceu, será condenado? E os outros membros do núcleo político da organização criminosa, o ex-presidente do PT, José Genuíno, e o ex-tesoureiro, Delúbio Soares?
Muita coisa mudou mesmo nesses últimos meses. Mas o julgamento é uma batalha que ainda está no começo. Temos motivos para comemorar, mas é cedo para festa. Ações legítimas da defesa podem mudar o rumo do processo. E também manobras ilegítimas podem atrasar mais e mesmo melar o julgamento.
Pode até ter passado pela mente de algum mensaleiro que a nomeação de Teori Zavascki para a vaga de Cezar Peluso possa ser uma dessas manobras. Parece que a sociedade brasileira não corre risco de passar por mais essa vergonha. Mas vamos ficar atentos. A justiça é cega mas a gente está de olho.
(Do Blog Este Mundo Possível)
14 de setembro de 2012
Altamir Tojal
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