Notícias Faltantes - Foro de São Paulo
O candidato da oposição, Henrique Capriles lidera com vantagem irreversível. Mas o uso da máquina pública, o arremedo de fiscalização do pleito, a ausência de observadores internacionais e as ameaças de Chávez apontam para o possibilidade de fraude nas eleições da Venezuela.
O presidente da Aliança Parlamentar pela Democracia da América (APDA), o deputado boliviano Adrián Oliva Alcázar, informou hoje que “nossa organização declarou-se em alerta e começou a advertir todas as lideranças democráticas da América Latina porque - ante a vantagem crescente e irreversível do candidato Henrique Capriles -, temos indícios de que o presidente Hugo Chávez poderia perpetrar uma fraude para se manter ilegalmente no poder”.
A APDA, plataforma conformada por deputados e senadores pertencentes a oito nações latino-americanas, divulgou hoje um comunicado no qual denuncia a “grosseira vantagem do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que utiliza todos os recursos e os meios de comunicação do Estado para fazer campanha, ante a indiferença do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que não faz nada para evitar”.
Os parlamentares criticaram “o suspeito esquema de observação desenhado pelo CNE para as eleições de 7 de outubro, que só permite a participação de testemunhas silentes (acompanhamento) e não verdadeiros observadores, enquanto que deliberadamente nega a presença de enviados da OEA, do Parlamento Europeu e demais instituições reconhecidas. Chama a atenção que, para o acompanhamento internacional, o CNE recorra quase que exclusivamente à UNASUL, organização dirigida por Alí Rodríguez Araque, ex-presidente da PDVSA e homem de confiança de Chávez” [1].
A APDA expressou sua plena coincidência com o Centro Carter, a respeito de que “o acompanhamento consiste em convidar indivíduos estrangeiros para observar as atividade relativas ao dia da votação, mediante uma presença política majoritariamente simbólica, enquanto que a observação implica em avaliar o processo eleitoral em seu conjunto”.
Os parlamentares latino-americanos também manifestaram sua coincidência com as apreciações do candidato opositor Henrique Capriles Radonsky, que no passado 24 de agosto acusou o Governo de fazer tudo para que não haja observadores internacionais nas próximas eleições, substituindo essa figura pela de “acompanhantes”, porque prefere que “menos olhos” possam ver suas “artimanhas” [2].
Os integrantes da APDA condenaram duramente as ameaças de Chávez, com respeito a que se a oposição triunfar, haverá uma guerra civil na Venezuela [3]. “Interpretamos suas palavras como uma intenção de recorrer à violência se os resultados não lhe favorecerem. O governo venezuelano vem preparando o cenário do conflito e das violações aos direitos humanos, ao manifestar seu desejo de se retirar da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH)”, assegurou o deputado Adrián Oliva. “A comunidade internacional não pode permanecer indiferente frente à pretensão de Chávez de se perpetuar no poder mediante uma fraude, e de acabar com a democracia e as liberdades na Venezuela”, disse.
Para maiores informações se comunicar com o deputado Adrián Oliva Alcázar:
Escrito por UNOAMÉRICA
08 Setembro 2012
Notas:
Tradução: Graça Salgueiro
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