"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 28 de outubro de 2012

PT E PSDB DEVEM MANTER HEGEMONIA NAS GRANDES CIDADES

 

O resultado do primeiro turno e as últimas pesquisas de intenção de voto mostram que PT e PSDB devem manter a hegemonia nas maiores cidades do país. Os dois partidos comandam 37 dos 85 mais relevantes municípios brasileiros. Ambos têm chance de manter esse número, com leves variações.
Hoje o PT de Lula e da presidente Dilma Rousseff controla 22 dessas grandes prefeituras – poderá ficar, no máximo, com 20. Os tucanos, que lideram a oposição, estão em 15 cidades e podem ir a 17.

Levando-se em conta só as 26 capitais, o PT pode levar São Paulo, mas não repetirá o feito de 2004, quando venceu em nove das 26 capitais. Nas capitais, há uma lenta e gradual redução do PT, que pode ser bem compensada neste ano com a possível conquista de São Paulo. Em 2008, caíram para seis as capitais conquistadas. Hoje, a sigla tem sete.

Nas eleições deste ano, o PT já elegeu um prefeito de capital (Paulo Garcia, em Goiânia). Hoje, outros cinco petistas têm chance de vitória. Ou seja, no máximo a sigla do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff terá seis capitais sob seu domínio a partir de 2013.

Essa estagnação do crescimento do PT em capitais é compensada com folga pela virtual vitória de Fernando Haddad em São Paulo, com 8,6 milhões de eleitores.

Ainda assim, a legenda havia dado mostras de que sua rota de crescimento seria constante a partir do final dos anos 90. Mas a fragmentação partidária impede que uma única agremiação política domine as prefeituras de capitais. Essas cidades são cobiçadas pela repercussão garantida que conferem na mídia aos seus prefeitos. Esse é sempre o segundo cargo político mais relevante no Estado depois do governador.

Hoje, dez agremiações diferentes governam as 26 capitais – e em uma delas o prefeito está sem partido. Se as pesquisas se confirmarem, essa dispersão deve ficar inalterada ou até aumentar. Treze partidos têm chances de eleger prefeitos nas capitais.

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