O caso das 120 conversas telefônicas pode apressar a criação da Vara de Famiglia
O casamento do filhote do protetor de mensaleiros com o procurado pela Interpol justifica a criação da Vara de Famiglia, sugeriu o título do post publicado em 18 de novembro. O texto lembrou que, para preservar o casamento entre Fernando Haddad, um renovador da esquerda revolucionária mensaleira, e Paulo Maluf, um caso de polícia internacional, toda cautela é pouca. A sobrevivência das maravilhas da fauna política brasileira justifica qualquer esforço.
Não seria nenhum exagero, lembrou um dos parágrafos, proteger com o segredo de Justiça, como acontece nas Varas de Família, episódios que possam ameaçar a harmonia do casal sem similares. Se não estivesse tão atormentado com a administração das masmorras medievais que seu partido administra há 10 anos, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já teria socorrido companheiros em apuros com a criação da Vara de Famiglia. Com g, em homenagem à máfia italiana.
Os agentes envolvidos na Operação Porto Seguro grampearam pelo menos 120 conversas telefônicas entre Lula e Rosemary Noronha, demitida da chefia de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo depois de indiciada pela Polícia Federal por corrupção e formação de quadrilha. Para explicar por que o conteúdo dos telefonemas está protegido pelo segredo de Justiça, é preciso recorrer a malabarismos jurídicos de espantar um Márcio Thomaz Bastos.
Tudo ficaria bem mais simples se já estivesse em vigor a brasileirice aqui sugerida. Bastaria transferir o capítulo das conversas entre Lula e Rose para a Vara de Famiglia.
26 de novembro de 2012
Por Augusto Nunes - Veja Online
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