"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 8 de dezembro de 2012

AFUNDADO NA CORRUPÇÃO, PT OFICIALIZA PERSEGUIÇÃO CONTRA IMPRENSA LIVRE


Em resolução sobre as eleições municipais divulgada nesta sexta-feira (7), o diretório nacional do PT acusa a mídia brasileira e a oposição de promoverem uma "campanha feroz" para criminalizar o partido no país. No documento, o comando do PT defende a "democratização da comunicação social" para evitar que a mídia influencie no processo eleitoral --como a cúpula petista diz ter ocorrido na disputa municipal de outubro.
"O resultado foi obtido em meio a uma feroz campanha promovida pela oposição de direita e seus aliados na mídia, cujo objetivo é o de criminalizar o PT. A voz do povo nas urnas suplantou, mais uma vez, os que vaticinavam o desaparecimento do Partido dos Trabalhadores", diz a resolução. No documento, o PT cobra a regulamentação da mídia brasileira -- apesar de o partido afirmar que defende "a mais ampla liberdade de expressão". "A Constituição brasileira tem inscrito princípios que afirmam essa liberdade e que devem ser regulamentados levando também em consideração os novos e amplos meios de comunicação."
Segundo a resolução, a "democratização da comunicação social" vai evitar que ocorram "campanhas midiáticas com o claro objetivo de incidir no processo eleitoral, como ocorreu nestas eleições". Dirigentes petistas reconhecem que o partido perdeu em alguns lugares estratégicos em consequência do julgamento do mensalão, pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O partido, porém, não faz menção ao julgamento na resolução divulgada esta tarde. O partido diz que precisa corresponder a um novo ciclo de democratização e participação popular, numa espécie de "mea culpa" de que precisa modificar alguns de seus princípios - como as alianças regionais firmadas com partidos da base de apoio da presidente Dilma Rousseff.
"A eleição apontou a existência de problemas nacionais que devem ser enfrentados. Em diversas situações, não por falta de esforço do PT, não se viabilizou a frente com partidos situados à esquerda do espectro partidário brasileiro e que se aliaram ao PT desde a primeira eleição de Lula. E, nesse caso, também a tendência foi sempre de maior risco de derrota", diz o documento.
Na resolução, o partido diz ainda que há "possibilidade de dispersão" de forças aliadas, inclusive em localidades onde foram criadas "frentes anti-PT com partidos cujo lugar coerente seria ao lado do PT". "Não devemos, portanto, subestimar as possibilidades de a oposição, num quadro diferente do atual, vir a ampliar sua base política e social", diz o texto. A resolução foi elaborada durante reunião do diretório nacional do PT, que se realiza desde o início da manhã. O comando do PT vai divulgar até amanhã outro documento, com foco na conjuntura política do país --em que pretende mencionar o julgamento do STF.
 
(Folha Poder)
 
08 de dezembro de 2012
in coroneleaks

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