Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Homenageado pela Assembleia Legislativa de Roraima na última quinta-feira (21), o governador de Pernambuco, Eduardo campos (PSB), voltou a defender a revisão do Pacto Federativo - tema que tem incomodado a base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT), da qual o socialista faz parte. Tido como possível presidenciável, o governador elogiou FHC e Lula, sem deixar passar a oportunidade de afirmar que a hora é de "uma nova pauta para o Brasil".
O socialista, acenando para os tucanos, mas sem largar a mão de Lula, elogiou os dois ex-presidentes, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e seu padrinho político petista. "Construímos uma ordem democrática superando anos de autoritarismo. Construímos uma transição que foi além da política e fizemos a estabilidade econômica. Em seguida, conseguimos, sob a liderança do presidente Lula, colocar a questão da desigualdade no centro do debate nacional".
No complemento, o socialista afirmou que "é chegada a hora de colocar na ordem do dia uma nova pauta para o Brasil". Para ele, o ponto principal desta nova etapa passa pela reconstrução da Federação Brasileira, rediscutindo o pacto federativo - justo a bandeira que ele tem levantado e tanto tem incomodado as hostes petistas.
"O constituinte de 1988 pensou um relação equilibrada entre as diferentes unidades de federação. Não foi por acaso que ele elevou o município à condição de ente federativo, e nisso somos o único do país do mundo a fazer esta escolha. Acontece que depois vieram duas décadas perdidas e fomos reconcentrando poder e receitas na União. Agora, mais do que nunca, precisamos mudar esta realidade", afirmou o governador.
No jogo do morde e assopra, Eduardo lembrou que o país vem de dois anos de baixo crescimento, "apesar dos esforços que têm sido feitos pela presidente Dilma". Ele classificou ainda o momento como "desafiador" e adiantou ser consenso que, para ganhar 2013, é preciso acelerar os investimentos públicos e privados.
Numa crítica velada aos petistas que têm se levantado contra o STF neste período pós-julgamento do mensalão, Eduardo falou de mau comportamento e lembrou que "quem fez a constituinte, que deu autonomia ao Judiciário e ao Ministério Público, foram os políticos. Quem nomeou os juízes que julgam políticos foram os políticos".
MEDALHA - O mimo na Região Norte não foi por acaso. Há dois anos, na eleição presidencial, a votação de Dilma (PT) foi de apenas 33,44%, contra 66,56% de Serra (PSDB). Com a saída do tucano da briga presidencial e a atuação ainda discreta do senador tucano Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos comparece para despontar como opção.
O deputado estadual Ionilson Sampaio (PSB-RR) foi o responsável pelo agrado ao presidente nacional do seu partido. E, no discurso, sinalizou para um voo mais alto de Eduardo Campos. "Política é destino, e o governador Eduardo Campos, por tudo o que tem feito por seu estado e pelo Brasil, está destinado a viver papéis de muito destaque na vida brasileira", disse.
22 de dezembro de 2012
in blog do jamildo
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