Na semana que viaja para o exterior a primeira turma do programa de bolsas Ciências sem Fronteiras, o governo descobriu prejuízo milionário, tratado com total sigilo, no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq. Embora a assessoria negue, oficialmente, a direção deixou literalmente para a última hora, do último dia – na sexta-feira – a inserção online do empenho de R$ 60 milhões para execução de pagamentos ainda este ano.
O sistema caiu, e deixou na mira o coordenador de Administração e Finanças, Luiz Alberto Horta.
RESUMO. Faltou planejamento justo no celeiro de mestres e doutores. Na quase madrugada de sábado, foi um corre-corre nas dependências do CNPq. Já era tarde.
PREJU 2013. Os R$ 60 milhões agora serão abatidos do Orçamento de 2013 para o CNPq, que será aprovado no Congresso.
PENTE FINO. O constrangimento é total no órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia . Agora apuram quem cochilou: o diretor ou órgãos que enviaram planilhas atrasadas.
Atualização, sábado, 22 - O CNPq mandou carta para dizer que ‘havia saldos contingenciados, que são recursos cuja execução não estava autorizada pelos órgãos superiores’.
Confirmou que o sistema caiu dia 7. Mas esqueceu de dizer que tentou usar R$ 60 milhões destes recursos, em vão. E que uma funcionária até colocou o cargo à disposição pela bagunça dos diretores.
22 de dezembro de 2012
Leandro Mazzini,
Coluna Esplanada
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