O ministro da Secretaria Geral da Presidência Gilberto Carvalho, afirmou que o combate à corrupção continua sendo prioridade no País e que o governo Dilma Rousseff não hesitará em "cortar na carne" para punir os envolvidos em malfeitos. "Cortaremos na carne, doa a quem doer. Sempre foi assim, desde o governo Lula e continua sendo", garantiu o ministro.
Sem se referir diretamente à Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que desmantelou um esquema de compra de pareceres fraudulentos no governo, Carvalho disse que hoje as instituições têm autonomia para investigar e punir os envolvidos em corrupção, ao contrário, segundo ele, do que ocorria no governo Fernando Henrique Cardoso.
"No governo Fernando Henrique não havia essa autonomia. Antes havia "engavetador geral da República". Com o presidente Lula começamos a ter um procurador, com toda liberdade", disse o ministro, em resposta às críticas do ex-presidente sobre as últimas denúncias de corrupção.
Segundo Carvalho, a atuação firme da Polícia Federal, do Ministério Público e da Controladoria Geral da União (CGU) que resultam em condenações na Justiça, pode parecer que há mais corrupção. Mas o que há, na verdade, segundo o ministro, é autonomia e independência das instituições e fiscalização e controle. "A PF que é hoje cantada em prosa e verso por sua independência só passou a ser independente no governo do presidente Lula e continua assim no governo da presidente Dilma, cortando na nossa própria carne, quando necessário", disse ele.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em Brasília, todos sabem que Gilberto Carvalho é uma espécie de olheiro e porta-voz oficioso de Lula no Planalto. Suas declarações têm de ser encaradas assim: é como se o próprio Lula estivesse falando.
04 de dezembro de 2012
Vannildo Mendes (Agência Estado)
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