No próximo sábado, transcorre na Zona Sul do Rio de Janeiro mais uma ‘Marcha
da Maconha’, embora esteja proibido, obviamente, qualquer tipo de apologia ou
consumo da droga durante a manifestação, pois constitui crime previsto na Lei
Antidrogas.
Até aqui tais manifestações, agora liberadas pelo SupremoTribunal Federal, inclusive no que tange à passeatas reivindicatórias sobre descriminalização e legalização de outras drogas ilícitas, surtiram pouco ou nenhum efeito. Usar maconha continua sendo crime e não há nenhuma movimentação no Congresso Nacional que faça entusiasmar a chamada corrente progressista da droga, encabeçada por intelectuais, estudiosos, ONGs e ex-autoridades, que defendem a liberação.
Pesquisa desenvolvida durante um ano em Londres foi negativa. A droga já não era nenhuma novidade no bairro de Brixton, na parte pobre da capital inglesa, e a polícia de Lambeth, distrito londrino que inclui Brixton, com objetivo de liberar agentes para o combate a crimes mais graves, decidiu que os usuários de maconha seriam apenas advertidos, e, no máximo sofreriam a apreensão da droga.
O teste trouxe resultados dúbios. Em seis meses avaliados, a polícia poupou apenas o equivalente a 90% do trabalho em tempo integral de dois policiais, de um total de 860 lotados naquele distrito. As ocorrências ligadas à posse da erva cresceram 35% e o tráfico subiu 11%. Mas nos bairros vizinhos, os flagrantes de posse caíram 4% e o tráfico 34%, confirmando o que os moradores mais temiam: Brixton se tornou ponto de reunião de “maconheiros” de outros bairros.
Com relação aos males provenientes do consumo da maconha, que certificam que a erva não é tão inofensiva assim, uma pesquisa mostrou que jovens que fumam maconha por seis anos ou mais têm o dobro de possibilidade de sofrer de episódios psicóticos do que pessoas que nunca fumaram a droga.
Claro que há pessoas que fumam maconha diariamente por toda a vida sem que sofram consequências negativas, assim como há quem fume cigarros até os 100 anos de idade e não desenvolva câncer de pulmão.
Mas até agora não temos como saber quem é tolerante à droga e quem não é. Então, a maconha é, sim, perigosa.
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FRANCESES FUMAM MAIS
Cerca de 200 milhões de pessoas são usuárias de maconha no mundo, segundo estimativa da ONU, o que envolve 4% da população ativa. O país com o maior número de consumidores é a França.
Outras pesquisas revelam que o uso da maconha – uma porta de entrada para a dependência de outras drogas – pode causar, além de transtornos psiquiátricos, câncer de pulmão (tal e qual o cigarro), câncer de testículo e ainda afetar a memória.
Os altos gastos com tratamento e recuperação de vítimas do alcoolismo e do tabagismo no país já seria exemplo suficiente para inviabilizar a descriminalização e legalização da maconha.
Legalizar drogas é sinônimo de aumento de consumo, do número de dependentes e de doenças psiquiátricas.
O estado não pode ser o indutor (legal) do uso da droga. Deve trabalhar em sua missão de prevenção, tratamento terapêutico de dependentes e repressão qualificada ao tráfico com base na inteligência policial.
Drogas não agregam valores sociais positivos. Se o jovem conhecesse os males da droga antes do uso certamente que não a usaria. A busca do ‘mundo colorido’, através do uso de drogas, é falsa.
02 de maio de 2012
Milton Corrêa da Costa
Até aqui tais manifestações, agora liberadas pelo SupremoTribunal Federal, inclusive no que tange à passeatas reivindicatórias sobre descriminalização e legalização de outras drogas ilícitas, surtiram pouco ou nenhum efeito. Usar maconha continua sendo crime e não há nenhuma movimentação no Congresso Nacional que faça entusiasmar a chamada corrente progressista da droga, encabeçada por intelectuais, estudiosos, ONGs e ex-autoridades, que defendem a liberação.
Pesquisa desenvolvida durante um ano em Londres foi negativa. A droga já não era nenhuma novidade no bairro de Brixton, na parte pobre da capital inglesa, e a polícia de Lambeth, distrito londrino que inclui Brixton, com objetivo de liberar agentes para o combate a crimes mais graves, decidiu que os usuários de maconha seriam apenas advertidos, e, no máximo sofreriam a apreensão da droga.
O teste trouxe resultados dúbios. Em seis meses avaliados, a polícia poupou apenas o equivalente a 90% do trabalho em tempo integral de dois policiais, de um total de 860 lotados naquele distrito. As ocorrências ligadas à posse da erva cresceram 35% e o tráfico subiu 11%. Mas nos bairros vizinhos, os flagrantes de posse caíram 4% e o tráfico 34%, confirmando o que os moradores mais temiam: Brixton se tornou ponto de reunião de “maconheiros” de outros bairros.
Com relação aos males provenientes do consumo da maconha, que certificam que a erva não é tão inofensiva assim, uma pesquisa mostrou que jovens que fumam maconha por seis anos ou mais têm o dobro de possibilidade de sofrer de episódios psicóticos do que pessoas que nunca fumaram a droga.
Claro que há pessoas que fumam maconha diariamente por toda a vida sem que sofram consequências negativas, assim como há quem fume cigarros até os 100 anos de idade e não desenvolva câncer de pulmão.
Mas até agora não temos como saber quem é tolerante à droga e quem não é. Então, a maconha é, sim, perigosa.
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FRANCESES FUMAM MAIS
Cerca de 200 milhões de pessoas são usuárias de maconha no mundo, segundo estimativa da ONU, o que envolve 4% da população ativa. O país com o maior número de consumidores é a França.
Outras pesquisas revelam que o uso da maconha – uma porta de entrada para a dependência de outras drogas – pode causar, além de transtornos psiquiátricos, câncer de pulmão (tal e qual o cigarro), câncer de testículo e ainda afetar a memória.
Os altos gastos com tratamento e recuperação de vítimas do alcoolismo e do tabagismo no país já seria exemplo suficiente para inviabilizar a descriminalização e legalização da maconha.
Legalizar drogas é sinônimo de aumento de consumo, do número de dependentes e de doenças psiquiátricas.
O estado não pode ser o indutor (legal) do uso da droga. Deve trabalhar em sua missão de prevenção, tratamento terapêutico de dependentes e repressão qualificada ao tráfico com base na inteligência policial.
Drogas não agregam valores sociais positivos. Se o jovem conhecesse os males da droga antes do uso certamente que não a usaria. A busca do ‘mundo colorido’, através do uso de drogas, é falsa.
02 de maio de 2012
Milton Corrêa da Costa
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