Reportagem de Mariana Carneiro, da Folha de S. Paulo, revela que o novo
ministro do Trabalho, Brizola Neto (PDT) acha que o seu partido “tende a marchar
pela unidade”. Sabe-se que essa unidade é até possível, mas improvável.
A indicação de Brizola Neto não era unanimidade no partido e foi tratada como “indicação pessoal” da presidente. O ministério é comandado interinamente por Paulo Roberto Santos Pinto desde dezembro do ano passado, quando o ex-ministro Carlos Lupi deixou o cargo em meio a denúncias de irregularidades.
Além de Brizola Neto, o PDT (leia-se: Carlos Lupi) apresentou os nomes do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) e do secretário-geral do partido, Manoel Dias, o preferido de Lupi, que só apresentou dois nomes para não dar na vista e relegou Brizola Neto a um esquecimento estratégico.
Mas a presidente Dilma não entrou nessa, nomeou Brizola Neto e rachou de vez o partido. E o pior foi que ela própria deu ao novo ministro a missão de unificar o PDT.
“A grande questão agora é a unidade partidária. É importante o partido dar sinalização de unidade. Creio que não teremos dificuldade porque existem questões maiores a nos unir do que divergências desse processo de escolha do ministro”, afirmou o novo ministro, acrescentando:
“Este primeiro momento é de buscar reafirmar a unidade do partido em torno do fundamental, que a nossa identidade e o apoio ao governo Dilma”, disse Brizola Neto. “A divergência é resultado do processo natural da escolha. Com o desfecho dessa questão, o partido tende a marchar no caminho da unidade.”
Infelizmente, Brizola Neto está equivocado. O racha no PDT é abissal. Para refazer a unidade do partido, o novo ministro precisará se acertar com o grupo de Lupi. Mas acontece que Brizola Neto é um dos líderes dos dissidentes. Os dois não têm como se acertar, a não ser que o cinismo e a desfaçatez prevaleçam. A posse de Brizola Neto acontece nesta quinta-feira. Será que Lupi vai comparecer?
02 de maio de 2012
Carlos Newton
A indicação de Brizola Neto não era unanimidade no partido e foi tratada como “indicação pessoal” da presidente. O ministério é comandado interinamente por Paulo Roberto Santos Pinto desde dezembro do ano passado, quando o ex-ministro Carlos Lupi deixou o cargo em meio a denúncias de irregularidades.
Além de Brizola Neto, o PDT (leia-se: Carlos Lupi) apresentou os nomes do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) e do secretário-geral do partido, Manoel Dias, o preferido de Lupi, que só apresentou dois nomes para não dar na vista e relegou Brizola Neto a um esquecimento estratégico.
Mas a presidente Dilma não entrou nessa, nomeou Brizola Neto e rachou de vez o partido. E o pior foi que ela própria deu ao novo ministro a missão de unificar o PDT.
“A grande questão agora é a unidade partidária. É importante o partido dar sinalização de unidade. Creio que não teremos dificuldade porque existem questões maiores a nos unir do que divergências desse processo de escolha do ministro”, afirmou o novo ministro, acrescentando:
“Este primeiro momento é de buscar reafirmar a unidade do partido em torno do fundamental, que a nossa identidade e o apoio ao governo Dilma”, disse Brizola Neto. “A divergência é resultado do processo natural da escolha. Com o desfecho dessa questão, o partido tende a marchar no caminho da unidade.”
Infelizmente, Brizola Neto está equivocado. O racha no PDT é abissal. Para refazer a unidade do partido, o novo ministro precisará se acertar com o grupo de Lupi. Mas acontece que Brizola Neto é um dos líderes dos dissidentes. Os dois não têm como se acertar, a não ser que o cinismo e a desfaçatez prevaleçam. A posse de Brizola Neto acontece nesta quinta-feira. Será que Lupi vai comparecer?
02 de maio de 2012
Carlos Newton
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