Número de recém-nascidos com sintomas da síndrome triplicou entre 2000 e 2009
M. Spencer Green/Associated Press | ||
Aileen Dannelley e sua filha Savannah, em tratamento contra a dependência de drogas |
Savannah Dannelley faz careta enquanto uma enfermeira espirra uma dose de metadona em sua boca. A recém-nascida sofre com a abstinência da droga e é tratada da mesma forma como sua mãe, viciada em analgésicos derivados de ópio.
Uma pesquisa publicada no "Journal of the American Medical Association" afirma que o número de bebês nos EUA com sinais de abstinência de opiáceos triplicou entre 2000 e 2009, devido ao aumento do consumo de narcóticos ilegais, como a heroína, e legais, como analgésicos com opiáceos.
Nesse período, o número de recém-nascidos com sintomas de abstinência cresceu de um para três a cada mil bebês. Em 2009, mais de 13 mil crianças foram afetadas. Os bebês apresentam problemas como espasmos durante o sono, diarreia e problemas respiratórios
Pesquisadores apontam que a dependência pode causar atraso no desenvolvimento durante a infância.
Para Mark Brown, do Centro Médico de Maine Oriental, tomar pequenas doses de metadona na gravidez é mais seguro do que fazer um corte abrupto no uso de opiáceos.
Carl Hart, da Universidade Columbia, teme que o estudo estigmatize mulheres grávidas que estejam fazendo a coisa certa ao ingerir metadona para se livrar do vício.
A mãe de Savannah ainda era usuária no início da gravidez, mas decidiu parar em dezembro. A menina, com um mês de vida, ainda está hospitalizada.
02 de maio de 2012
Folha de São Paulo com Associated Press
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