A pergunta que se faz, agora, refere-se a José Dirceu. Se Marcos Valério pegou 40 anos, o ex-chefe da Casa Civil não ficará muito longe, ouve-se nos corredores do Supremo e do Congresso. A tal dosimetria está adiada para a segunda semana de novembro, dado o interregno para tratamento de saúde que levará o ministro Joaquim Barbosa à Alemanha, daqui a dois dias.
Sempre existirão recursos, senão ao Supremo, restrito aos embargos declaratórios, mas a incontáveis meandros da própria lei. De qualquer forma, salvo raras exceções, os mensaleiros vão mesmo começar a cumprir suas penas em prisões fechadas. Alguns anos, muitos anos, até, mas jamais a soma de condenações que vem recebendo, de resto limitadas a 30 anos.
É a lei, sustentam os doutos ministros da mais alta corte nacional de justiça. Impossível não aplicá-la, enquanto não for alterada. Diversos parlamentares, em especial do PT, preparam-se para no próximo ano tentar mudança fundamental: prisão fechada, quer dizer, cadeia, reclusão, deveria ficar restrita aos que cometeram crimes de violência.
Aos demais, outro tipo de pena, como prestação de serviço comunitário, interdições, multas e ressarcimento de prejuízos causados a outros ou ao erário. Dificilmente vingará essa proposta, tendo em vista a sede de justiça que toma conta da voz rouca das ruas, até com certos laivos de vingança ou revanche.
E mais o raciocínio de que muitos crimes praticados sem sangue conseguem ser tão ou mais hediondos e chocantes.
Sendo assim, por mais inusitado que seja, parte da alta cúpula do PT vai mesmo para as grades, ao menos para cumprir um sexto das sentenças recebidas.
Com o óbvio bom comportamento que todos demonstrarão, serão candidatos a refrigérios, como a prisão aberta, a domiciliar e até o livramento condicional. Só que levará tempo.
Indaga-se da hipótese de sobrevirem novos processos contra bandidos de colarinho branco. É provável que mais tribunais sejam acionados, bem como a justiça de primeira instância.
Velhacarias não faltam nos sistemas financeiro, administrativo e político. Parece chegada a hora, senão da exposição total dos intestinos da vida nacional, ao menos da seleção dos crimes mais gritantes.
Sem esquecer de que no âmbito do Judiciário também se verificam horrores.
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COMEÇARAM OS AJUSTES
Até o último fim de semana era imensa a diferença entre Fernando Haddad e José Serra, conforme as pesquisas.
De três dias para cá começaram a aparecer números que apontam algum crescimento do tucano.
São os ajustes que os institutos fazem para não perder clientes nas próximas eleições. Caso domingo se verifique alteração fundamental nos resultados, sempre poderão afirmar que o eleitorado mudou, que reconsiderou decisões…
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UM OU DOIS APENAS
Atribui-se à presidente Dilma o comentário de que mudará no máximo um ou dois ministros, depois de assentada a poeira das eleições municipais. Desfaz-se a expectativa de alguns caciques partidários a respeito de ampla reforma onde imaginavam fincar presas e garras nas estruturas administrativas.
A verdadeira reforma do ministério só acontecerá no primeiro semestre de 2014, quando montes de ministros se desincompatibilizando para concorrer às eleições gerais.
Alguns disputando governos estaduais, muitos concorrendo ao Senado e à Câmara. Quanto a saber quais serão o um ou os dois, melhor aguardar. Todos os ministros são demissíveis por ato de vontade da presidente da República.
Sempre existirão recursos, senão ao Supremo, restrito aos embargos declaratórios, mas a incontáveis meandros da própria lei. De qualquer forma, salvo raras exceções, os mensaleiros vão mesmo começar a cumprir suas penas em prisões fechadas. Alguns anos, muitos anos, até, mas jamais a soma de condenações que vem recebendo, de resto limitadas a 30 anos.
É a lei, sustentam os doutos ministros da mais alta corte nacional de justiça. Impossível não aplicá-la, enquanto não for alterada. Diversos parlamentares, em especial do PT, preparam-se para no próximo ano tentar mudança fundamental: prisão fechada, quer dizer, cadeia, reclusão, deveria ficar restrita aos que cometeram crimes de violência.
Aos demais, outro tipo de pena, como prestação de serviço comunitário, interdições, multas e ressarcimento de prejuízos causados a outros ou ao erário. Dificilmente vingará essa proposta, tendo em vista a sede de justiça que toma conta da voz rouca das ruas, até com certos laivos de vingança ou revanche.
E mais o raciocínio de que muitos crimes praticados sem sangue conseguem ser tão ou mais hediondos e chocantes.
Sendo assim, por mais inusitado que seja, parte da alta cúpula do PT vai mesmo para as grades, ao menos para cumprir um sexto das sentenças recebidas.
Com o óbvio bom comportamento que todos demonstrarão, serão candidatos a refrigérios, como a prisão aberta, a domiciliar e até o livramento condicional. Só que levará tempo.
Indaga-se da hipótese de sobrevirem novos processos contra bandidos de colarinho branco. É provável que mais tribunais sejam acionados, bem como a justiça de primeira instância.
Velhacarias não faltam nos sistemas financeiro, administrativo e político. Parece chegada a hora, senão da exposição total dos intestinos da vida nacional, ao menos da seleção dos crimes mais gritantes.
Sem esquecer de que no âmbito do Judiciário também se verificam horrores.
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COMEÇARAM OS AJUSTES
Até o último fim de semana era imensa a diferença entre Fernando Haddad e José Serra, conforme as pesquisas.
De três dias para cá começaram a aparecer números que apontam algum crescimento do tucano.
São os ajustes que os institutos fazem para não perder clientes nas próximas eleições. Caso domingo se verifique alteração fundamental nos resultados, sempre poderão afirmar que o eleitorado mudou, que reconsiderou decisões…
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UM OU DOIS APENAS
Atribui-se à presidente Dilma o comentário de que mudará no máximo um ou dois ministros, depois de assentada a poeira das eleições municipais. Desfaz-se a expectativa de alguns caciques partidários a respeito de ampla reforma onde imaginavam fincar presas e garras nas estruturas administrativas.
A verdadeira reforma do ministério só acontecerá no primeiro semestre de 2014, quando montes de ministros se desincompatibilizando para concorrer às eleições gerais.
Alguns disputando governos estaduais, muitos concorrendo ao Senado e à Câmara. Quanto a saber quais serão o um ou os dois, melhor aguardar. Todos os ministros são demissíveis por ato de vontade da presidente da República.
GUARAPARI – Francisco Lacerda, o Chiquinho Lacerda, era governador do Espirito Santo na noite de 31 de março de 1964. As notícias de Minas ainda estavam confusas. Ele se trancou no gabinete com os assessores Mário Gurgel (depois deputado do MDB, cassado em 1968) e Setembrino Pelissari (depois deputado da Arena e prefeito de Vitória).
Preparou dois manifestos. Um contra o movimento militar, para, se fosse o caso, ser lido por Gurgel. Outro, a favor, para, também se fosse o caso, ser lido por Setembrino. E ficou esperando, de ouvido no rádio e boca no telefone, falando com o Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.
De repente, toca o telefone no gabinete. Era o coronel comandante do 3º BC de Vila Velha, o mais graduado comando militar do Estado:
- Boa noite, governador. Como estão as coisas?
- Não sei, coronel. O senhor sabe?
- Sei, governador. Mas antes quero saber de que lado o senhor está.
Chiquinho parou, pensou, gaguejou:
- Estou do lado da Escola Normal, coronel.
O Palácio Anchieta, em Vitória, dá os fundos para a Escola Normal.
LULA
Lula, falso e enganador como sempre, garantiu a Marcos Valerio, a Delubio Soares e a toda a turma do Mensalão que o processo era “uma farsa”, uma “piada de salão” e que não ia dar em nada porque ele tinha nomeado quase todo o Supremo Tribunal e “controlava a situação”.
Agora que Marcos Valerio já pegou 40 anos de cadeia e há 24 outros réus sendo julgados, Lula ficou gago.
Não atende telefone de Marcos Valerio nem ninguém do grupo. Como Chiquinho de Vitoria, Lula está “ao lado da Escola Normal”, lá em São Bernardo, no ex-triplex do compadre Teixeira.
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HERON DOMINGUES
Chiquinho Lacerda, governador, conspirou com Magalhães Pinto, fez Marcha da Família com Deus pela Democracia contra o Comunismo e saudou a “Revolução Redentora”.
Os primeiros inquéritos levantaram pilhas de provas contra ele. Chiquinho foi ficando. Eurico Rezende, deputado federal e representante de Chiquinho nas jogadas nacionais, armou um esquema para salvá-lo.
Os saudosos Heron Domingues e José Ayler Rocha tinham a agência de promoções “Pró-News”. Eurico pediu um plano de relações públicas para evitar a cassação de Chiquinho. Oliveira Bastos, chefe da equipe de Heron, foi a Vitória conversar com ele. Trancaram-se numa sala e Bastos passou a mostrar ao governador o que era possível fazer.
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OLIVEIRA BASTOS
- E quanto vai custar isso, Oliveira?
- 150 milhões. Mas sem isso o senhor será inevitavelmente cassado.
- Meu caro, eu não estou me incomodando de ser ou não cassado. O que eu não quero é que o governo toque em meu patrimônio. Isso é que me interessa e me preocupa. Por que então eu iria desfalcar meu patrimônio em 150 milhões? Se quiserem, eu saio. Contanto que não bulam no que é meu.
Chiquinho renunciou, não foi cassado e salvou todo o patrimônio. Inclusive os 150 milhões que não pagou à agência de Heron.
(A esta altura José Dirceu, que ficou muito rico de repente, está mais preocupado é com o que vai ter que devolver: -“não bulam no que é meu”).
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DIRCEU
O presidente Dutra tinha um auxiliar capixaba, oficial do Exército, meio gago. Quando Dutra dava uma ordem, ele ficava mais gago ainda.
Resolveu dar um jeito de curar a gagueira. Soube que o Méier tinha uma escola para gagos, tocou para lá. O endereço que levou não coincidia. Procurou no bairro todo, nada. Foi ao português da esquina:
- O sesesenhor popopodia mememe inininformar se aaaqui temtem uma escococola para gagagago?
- Mas o senhor já fala gago tão bem, para que quer escola?
(Dirceu, Genoino,sempre falantes, calaram. Estão gagos. Querem que os amigos façam um“movimento internacional para denunciar o Supremo”.
sebastiaonery@ig.com.br
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