"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

EX-MINISTRO ITALIANO INVESTIGADO POR CORRUPÇÃO DENUNCIA NELSON JOBIM

 

Sempre atento, o comentarista Darcy Leite, nos manda mais uma notícia importante. Mostra que o ministro italiano de Desenvolvimento Econômico no governo de Silvio Berlusconi, Claudio Scajola, está sendo investigado pelo suposto recebimento de comissões ilegais na mediação da venda de 11 navios militares ao governo brasileiro, informou quarta-feira (24/10) o jornal Corriere della Sera.


O pagamento de propina teria sido feito também por representantes dos governos da Índia, Panamá, Indonésia e Rússia. No caso do Brasil, o jornal italiano cita o ex-ministro de Defesa Nelson Jobim.

As revelações foram feitas por Lorenzo Borgogni, ex-diretor de Relações Institucionais da empresa Finmecanica, que é controlada pelo Estado italiano, aos juízes de instrução Vincenzo Piscitelli e Henry John Woodcock.
Segundo Borgogni, “o canal entre a Itália e o Brasil era o próprio ministro Scajola, já que este, apesar de não ser titular da pasta de Indústria, tinha uma boa relação com o então ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim”.


“Se fechasse a venda dos 11 barcos (cinco fragatas, cinco escoltas e um navio de apoio), por um total de uns 5 bilhões euros, aproximadamente 11% deste valor seria destinado a Scajola e a Jobim, entre outros”, publicou o Corriere della Sera.


O ex-presidente da Finmeccanica Pierfrancesco Guarguaglini, que renunciou ao seu cargo em dezembro de 2011 após a publicação de alguns escândalos vinculados a sua gestão, “estava disposto a pagar uma percentagem máxima de 3% do valor da venda”.


“Esta percentagem seria paga através de um contrato estipulado com uma agência no Brasil e pago a uma pessoa indicada pelo ministro Jobim”, revelou Paolo Pozzessere, outro depoente ouvido no inquérito conduzido pelos juízes. Segundo o jornal, a venda dos navios não foi concluída.
Revista Consultor Jurídico, 24 de outubro de 2012

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